Apesar de o número de infetados ter descido em relação aos valores que se registavam no início do mês, quando chegaram a totalizar 11.000 novos casos diários, a Rússia contabiliza hoje 8.371 novos infetados com covid-19, número semelhante ao de quarta-feira.
No total, o número de doentes com o novo coronavírus superou os 379.000, o que significa que a Rússia continua a ser o terceiro país com mais casos de infeções no mundo, logo a seguir aos Estados Unidos e ao Brasil.
Embora Moscovo seja responsável por metade do total de doentes, as autoridades locais decidiram aliviar as medidas de restrição para combater e proteger os contágios.
Na quarta-feira, o presidente da Câmara de Moscovo anunciou o levantamento, a 01 de junho, de restrições impostas no final de março para travar a pandemia da covid-19, permitindo a reabertura de muitas empresas e, condicionalmente, zonas de passeio pedonais.
“Estamos a propor abrir a 01 de junho não apenas o comércio de produtos alimentares, mas também o comércio não-alimentar”, disse Sergei Sobianine ao Presidente russo, Vladimir Putin, durante uma videoconferência.
Os serviços que não requerem contacto humano prolongado, como as lavandarias ou pequenos ateliês de Moscovo, também poderão retomar a atividade.
“Desde 12 de maio que o número de hospitalizações caiu 40%. Conseguimos evitar um cenário difícil. Estamos a controlar a situação e penso que vai melhorar”, afirmou o autarca, garantindo que quase metade das camas hospitalares reservadas para infetados com o coronavírus estão desocupadas.
Estes anúncios foram feitos depois de o Kremlin ter anunciado uma grande parada militar para 24 de junho, celebrando a vitória sobre a Alemanha nazi, originalmente planeada para 09 de maio, mas cancelada devido à pandemia.
Desde que foi detetada na China, em dezembro passado, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 352 mil mortos e infetou mais de 5,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.
Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,5 milhões, contra mais de dois milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 149 mil, contra mais de 173 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (mais de 100 mil) e mais casos de infeção confirmados (cerca de 1,7 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (37.460 mortos, mais de 267 mil casos), Itália (33.072 mortos, mais de 231 mil casos), França (28.596 mortos, cerca de 183 mil casos) e Espanha (27.118 mortos, mais de 236 mil casos).
O Brasil, com mais de 25 mil mortos e 411 mil casos, é o segundo país do mundo em número de infeções, enquanto a Rússia continua a ser o terceiro.
LUSA/HN
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