O IPG refere em comunicado enviado à agência Lusa que a licenciatura em Biotecnologia Medicinal “é a primeira oferta formativa nesta área na região Centro e a segunda a nível nacional”.
Segundo a nota, o IPG “está a fazer uma forte aposta na investigação ligada à biotecnologia através do desenvolvimento tridimensional de dispositivos médicos para a regeneração da pele e de produção de lentes de contacto com nanossistemas de libertação controlada de fármacos”.
Paula Coutinho, professora e investigadora no IPG e coordenadora do curso, refere que “a Biotecnologia Medicinal é considerada uma área emergente que num futuro próximo irá contribuir fortemente para a resolução rápida e eficaz dos novos desafios da medicina, da indústria farmacêutica e para prolongar a esperança de vida”.
“Permite fazer diagnósticos precoces, investigar novos tratamentos para necessidades médicas não atendidas e lançar terapêuticas inovadoras que poderão ter um impacto decisivo na vida dos pacientes”, acrescenta.
O presidente do IPG, Joaquim Brigas, considera que a nova licenciatura é a concretização de um dos objetivos delineados e uma aposta estratégica da instituição na área da saúde.
“Esta formação será uma vantagem competitiva no mercado dos cuidados de saúde e da indústria, que tem procurado licenciados para responder a desafios como as constantes epidemias da atualidade, as mutações de vírus ou as bactérias que antes estavam controladas”, afirma na nota.
A nova licenciatura, com duração de três anos, vai formar quadros para a prevenção precoce de doenças graves e malignas e para a produção e transformação de novos produtos biomédicos e sistemas terapêuticos emergentes, com aplicação na medicina regenerativa e personalizada.
“Da química à biologia, passando pela engenharia de tecidos e toxicologia, estas são algumas das áreas disponíveis nesta licenciatura”, segundo o comunicado.
O último semestre do curso terá uma vertente prática, através da realização de um estágio curricular em contexto laboral em hospitais, centros de investigação, empresas da indústria farmacêutica ou instituições ligadas à biotecnologia parceiras do IPG.
O Politécnico da Guarda espera “uma boa procura de estudantes, de novos investigadores e de empresas inovadoras para ajudar a dinamizar a região”.
“Este curso vai responder aos desafios do mercado e acreditamos que irá atrair para o interior não apenas novos estudantes, mas também investigadores e empresas especializadas nas áreas da saúde”, afirma Hermínia Barbosa, subdiretora da Escola Superior de Saúde.
O IPG refere que no ano letivo de 2019-2020 foi “a terceira instituição de ensino superior em Portugal a receber mais estudantes estrangeiros”, com 336 novos alunos.
“Um dos grandes objetivos do Politécnico da Guarda é o crescimento e afirmação da instituição enquanto polo dinamizador do desenvolvimento da região”, afirma o presidente Joaquim Brigas.
Atrair novos estudantes para a instituição, “sejam eles provenientes de outras regiões do país, da Europa ou do mundo, irá ajudar na consolidação desta estratégia”, remata.
LUSA/HN
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