Ventilador produzido em Portugal recebe autorização de utilização do Infarmed

15 de Julho 2020

O ventilador produzido em Portugal designado Atena recebeu na terça-feira a autorização do Infarmed para o seu uso em contexto hospitalar na luta contra a Covid-19. O anuncio foi feito esta quarta-feira pelo CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, em Matosinhos.

Numa publicação na rede social Facebook, o CEiiA avança hoje que o Atena foi “autorizado pelo Infarmed para uso no âmbito do procedimento da Covid-19”.

“Foi com humanidade, resiliência, paixão e entrega que a comunidade 4Life, através do CEiiA, desenvolveu e produziu em 45 dias o ventilador Atena e recebeu ontem (14 de julho) autorização especial do Iinfarmed para o seu uso em contexto Covid-19”, revela.

Para o centro, este é um “passo importante” para a distribuição nacional e internacional daquele ventilador médico invasivo para dar suporte ao tratamento de doentes com falência respiratória aguda provocada pela covid-19 produzido em Portugal.

“Um momento histórico que valida definitivamente a nossa capacidade para desenvolver e produzir novos produtos críticos para a soberania do país”, adianta o CEiiA.

O ventilador, produzido em 45 dias pelo CEiiA, no âmbito da comunidade 4Life, juntou o conhecimento médico especializado, empresas, universidades e o apoio financeiro de mecenas e de milhares de portugueses.

O equipamento, que foi distinguido entre 349 iniciativas no concurso ‘express’ do programa Caixaimpulse da Fundação da Caixa, conta com o apoio da Clarke Modet para a obtenção da Propriedade Intelectual e Industrial, anunciado pela empresa no dia 21 de maio.

A primeira fase do projeto já foi concluída, com a entrega de 100 unidades que passaram nos ensaios pré-clínicos, e na segunda fase a previsão do CEiiA é produzir mais 400 unidades até setembro.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 578 mil mortos e infetou mais de 13,34 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.676 pessoas das 47.426 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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