Hong Kong agrava restrições para conter segunda vaga de contágios

27 de Julho 2020

Os cidadãos de Hong Kong vão ser obrigados a usar máscara em público, medida que faz parte de uma nova lista de restrições para travar a nova vaga de casos de Covid-19, anunciaram esta segunda-feira as autoridades.

“A situação epidémica é extraordinariamente grave em Hong Kong”, afirmou hoje o chefe do executivo daquele território, Matthew Cheung, em conferência de imprensa.

Segundo este responsável, as reuniões públicas com mais de duas pessoas vão ser proibidas e os restaurantes só poderão vender comida para levar.

Até agora, a obrigação de usar máscara cingia-se aos transportes públicos, enquanto as reuniões públicas podiam ter até quatro pessoas e os restaurantes e cafés podiam ter clientes nas mesas até às 18:00.

A lista de medidas entra em vigor no dia 5 de agosto e, além de manter o encerramento de bares, cabeleireiros e centros de diversão, acrescenta o fecho de piscinas e instalações desportivas.

A cidade de Hong Kong está a enfrentar um surto de coronavírus que já infetou mais de mil pessoas nas últimas duas semanas.

“Esta é, até agora, a vaga mais desafiadora e crítica de contágios em Hong Kong”, admitiu Matthew Cheung, explicando que as próximas duas ou três semanas serão críticas.

“Temos de evitar a propagação da doença na comunidade”, sublinhou.

A cidade registou um total de 2.634 infeções até domingo, mas o Governo anunciou hoje que mais duas vítimas mortais, elevando para 20 o número de mortes por coronavírus em Hong Kong.

Nas últimas duas semanas, foram infetadas 1.164 pessoas, a maioria das quais por transmissão local.

Este é o maior aumento de casos em Hong Kong até agora, depois de a cidade ter registado várias semanas, entre os meses de maio e junho, sem casos transmitidos localmente.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 645 mil mortos e infetou mais de 16 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

LUSA/HN

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