Coreia do Norte levanta confinamento em cidade com primeiro caso

14 de Agosto 2020

O líder da Coreia do Norte levantou o confinamento na cidade de Kaesong, onde milhares de pessoas estiveram em quarentena, após o anúncio do primeiro caso de covid-19 no país, noticiou hoje a agência oficial norte-coreana.

Durante uma reunião do partido único, na quinta-feira, Kim Jong-un reafirmou no entanto que manterá as fronteiras fechadas e rejeitou qualquer ajuda externa, numa altura em que o país está a reconstruir milhares de casas, estradas e pontes danificadas por fortes chuvas e inundações, nas últimas semanas.

Em 26 de julho, a Coreia do Norte declarou “emergência sanitária máxima” devido à pandemia de covid-19, decretando o isolamento da cidade de Kaesong, na fronteira com a Coreia do Sul, após detetar um caso suspeito, o primeiro anunciado pelo regime.

Segundo a agência norte-coreana KCNA, em causa estaria um cidadão norte-coreano a viver na Coreia do Sul há três anos e que terá regressado ao país depois de “atravessar ilegalmente” a fronteira militarizada que separa os dois países.

Este cidadão foi colocado em “quarentena rigorosa”, após os testes médicos realizados terem tido “resultados incertos”, noticiou na altura a KCNA, acrescentando que as pessoas em contacto com o homem também foram isoladas e testadas.

A agência também avançou que o líder norte-coreano substituiu Kim Jae-ryong no cargo de primeiro-ministro, na sequência de uma avaliação do desempenho em assuntos económicos, nomeando Kim Tok-hun como seu sucessor.

Kim Jae-ryong, um alto funcionário do partido único, tinha sido nomeado primeiro-ministro em abril de 2019,altura em que Kim Jong-un foi reeleito.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 750 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

NR/HN/LUSA

 

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