SUCH mantém “total abertura” para dialogar com sindicatos que marcaram greve no final do mês

14 de Agosto 2020

O Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) afirmou esta sexta-feira que mantém “total abertura” para continuar o diálogo sobre a revisão do Acordo de Empresa com os sindicatos, que anunciaram uma greve para os dias 27 e 28 de agosto.

A posição do SUCH, que presta serviços comuns aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), surge após os sindicatos terem abandonado a reunião de negociação e comunicado um pré-aviso de greve nacional para o final do mês.

“O SUCH continua a manifestar total disponibilidade, como sempre, para negociação com as associações sindicais, apesar de os representantes sindicais não se terem mostrado disponíveis para a negociação, abandonando a reunião e comunicando ao SUCH [ainda na quarta-feira] um pré-aviso, para os próximos dias 27 e 28 de agosto”, refere o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais em comunicado.

Num comunicado publicado no ‘site’ da CGTP-IN, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) refere que administração do SUCH se tinha comprometido na última reunião, a terceira, em apresentar uma proposta de aumentos salariais e a dar uma resposta às demais propostas reivindicativas.

Contudo, na reunião na quarta-feira, “os representantes sindicais foram surpreendidos com a postura da administração do SUCH ao afirmar que recusa discutir qualquer proposta que implique despesas”, adianta a FESAHT, considerando que esta decisão “é uma afronta aos trabalhadores, dado que a esmagadora maioria destes recebem apenas o salário mínimo nacional”.

A resposta, sublinha a FESAHT, “será dada pelos trabalhadores, sob a forma de greve nacional, nos dias 27 e 28 de Agosto”.

No comunicado hoje divulgado, o SUCH assegura que “o referido Acordo de Empresa (AE) e as condições remuneratórias dos trabalhadores do SUCH têm sido negociadas e revistas todos os anos, de acordo com os estatutos do AE, tendo o SUCH retomado as reuniões de negociação com os sindicatos no dia 12 de agosto”.

A greve tem como objetivos a “negociação imediata do Acordo de Empresa para 2020”, “aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores”, com efeitos retroativos a 01 de janeiro, “redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais”, “pagamento do subsídio de risco de 7%”.

Os trabalhadores exigem também o pagamento do trabalho prestado ao sábado e domingo com um acréscimo de 1 euro por cada hora prestada, a atualização do subsídio de refeição para 5,10 euros, a criação de um regime de diuturnidades, a vencer de quatro em quatro anos, no valor de 20 euros cada.

O Serviço de Utilização Comum dos Hospitais presta serviços comuns aos hospitais integrados no SNS, designadamente nas áreas da Engenharia, Gestão de Ambiente Hospitalar, Gestão Alimentar e Gestão de Serviços de Transporte e de Parques de Estacionamento.

“O SUCH tem uma longa tradição de parceria com as Associações Sindicais, designadamente, com a FESAHT, com a FESETE, com a FIEQUIMETAL e com a SINTAP, parceria que culminou com a celebração, em 2016, de um Acordo de Empresa, cuja versão atual se encontra publicada no Boletim do Trabalho e Emprego n.º 21, de 8 de junho de 2019, com revisão publicada no n.º 34, de 15 de setembro de 2019”, adianta no comunicado.

LUSA/HN

1 Comment

  1. Anonima

    Estão à gozar! Querem negociar? Tivemos uma reunião dia 12 e foram ditas essas palavras :podemos falar de tudo, menos das despesas…..

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