Associação de Serviços Técnicos para Eventos protesta em setembro no Porto

18 de Agosto 2020

A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) agendou para 08 de setembro, no Porto, um novo protesto para “chamar a atenção do Governo” quanto às dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19 no setor, foi esta terça-feira divulgado.

Em comunicado, a APSTE diz estar “eminente o desaparecimento de mais de 170 empresas que geram 1.500 postos de trabalho diretos e três mil indiretos”, frisando que a nova manifestação pretende “tentar garantir a sobrevivência do setor”.

A associação esclarece ainda que agendou o protesto após ter resultado numa “mão cheia de nada” a reunião com o Secretário do Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, realizada na quinta-feira.

A APSTE diz ter saído do encontro “com a evidência que existe um total desconhecimento em relação aos atuais problemas de uma área de atividade que necessita urgentemente de medidas especificas para mitigar os impactos da falta de trabalho” nas empresas do setor.

“Foi com enorme esperança que nos deslocámos ao Ministério da Economia para sermos recebidos pelo Secretário do Estado e foi com uma mão cheia de nada, e um enorme sentimento de frustração, que de lá saímos. Continuamos a não existir para este Governo”, lamenta o presidente da associação, Pedro Magalhães, citado no comunicado.

A associação recorda que a reunião foi realizada “a convite do próprio Ministério da Economia, após a manifestação original realizada pela APSTE” na terça-feira, dia 11 de agosto, em Lisboa.

Naquela iniciativa, a APSTE iluminou o Terreiro do Paço “com a projeção em ‘videomapping’ de imagens simbólicas de protesto para com a atual situação das empresas do setor”.

“As denominadas medidas de apoio à retoma para empresas são consideradas pelo Governo suficientes para sobrevivermos a esta fase. Qual retoma? Só mesmo quem não tem conhecimento do nosso setor, e do peso que este tem no Turismo e, consequentemente, na riqueza produzida para este país, é que pode afirmar que estas medidas são acertadas”, refere a APSTE.

Após várias contas, a associação diz que as medidas “apenas levam a um cenário de encerramento de empresas e aumento do desemprego”.

“Queremos mostrar de forma mais abrangente quem somos e quantos somos. Sempre de forma pacifica, organizada e, claro, criativa, mas queremos mostrar que permanecemos fortes e, acima de tudo, unidos. A defender as nossas empresas e todos aqueles que delas dependem para viver”, diz Pedro Magalhães no comunicado.

A ASPTE explica ter sido fundada em junho de 2020, “no seguimento da criação do Movimento Cancelado, que resultou na chamada de atenção para a falta de representatividade do setor perante as entidades competentes”.

A associação “reúne as empresas do setor de serviços técnicos para eventos, atualmente dispersos e sem representatividade no mercado”.

“Com mais de 170 empresas associadas, o setor representou, em 2019, um volume de faturação superior a 140 milhões de euros e gera mais de 1.500 postos de trabalhos diretos e cerca de 3.000 indiretos”, observa.

Na semana passada, a secretária de Estado do Turismo disse à Lusa que o ministério da Economia já tinha uma proposta de orientações para o funcionamento do setor dos eventos que é “muito complexo”, por envolver várias áreas de atividade.

Rita Marques explicou que esta área inclui segmentos ligados aos congressos e outros e, “tendo em conta que até ao momento a Direção-Geral da Saúde (DGS) ainda não definiu orientações específicas para a organização de eventos”, o Ministério da Economia “tem vindo a trabalhar para aclarar e interpretar os princípios e orientações aplicáveis aos eventos corporativos”, sendo que esta área está praticamente parada devido à covid-19.

De acordo com a governante, no Ministério da Economia já há “uma proposta que está em discussão com as várias secretarias de Estado”.

A pandemia de covid-19 já provocou 770.429 mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.779 em Portugal.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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