Irmão de George Floyd recorda vítimas por violência racial e policial

18 de Agosto 2020

O irmão de George Floyd, cujo homicídio sob custódia policial desencadeou uma onda de protestos nos Estados Unidos, exortou durante a convenção democrata na segunda-feira a não se esquecer os nomes dos mortos por racismo.

“George deveria estar vivo hoje. Breonna Taylor deveria estar viva hoje. Ahmaud Arbery deveria estar vivo hoje. Eric Garner deveria estar vivo hoje… Por isso, cabe-nos a nós continuar. Nunca deixemos de dizer os seus nomes”, apelou Philonise Floyd, enumerando os nomes de afro-americanos vítimas de violência racista nos últimos anos, durante o discurso que proferiu na convenção democrata.

George Floyd, de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis, sufocado por um polícia branco, apesar de ter implorado várias vezes, dizendo que não conseguia respirar.

A morte, filmada por transeuntes e divulgada nas redes sociais, provocou uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial que se propagou por todo o mundo, com manifestações em que a palavra de ordem foi a frase “Black Lives Mater” (“As vidas dos negros importam”).

“As nossas ações serão o seu legado”, acrescentou o irmão.

“Para honrar George” e as restantes vítimas do “ódio e injustiça”, Philonise pediu um momento de silêncio, durante o encontro dos democratas, que se realiza de forma virtual.

A luta contra o racismo e a violência policial estão entre os principais tópicos de debate na campanha para as eleições presidenciais de novembro.

Tanto a convenção democrata como a republicana, que decorre de 24 a 27 deste mês em Jacksonville, no estado da Florida, serão realizadas sob o signo da pandemia de Covid-19, sem as tradicionais aglomerações de delegados e apoiantes.

A convenção democrata, que arrancou na segunda-feira na cidade de Milwaukee, no estado do Wisconsin, decorre até quinta-feira, altura em que o antigo vice-presidente Joe Biden deverá fazer o discurso de aceitação da candidatura democrata.

No encontro falarão também o ex-Presidente Barack Obama (2009-2017), a ex-secretária de Estado Hillary Clinton e a jovem congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez.

As maiores figuras do Partido Democrata não vão viajar para Milwaukee. Apenas os delegados democratas naquela cidade discursarão no local. Todos os outros discursos, incluindo os de Barack e Michelle Obama, Hillary e Bill Clinton, bem como o dos candidatos Kamala Harris e Joe Biden, serão transmitidos ‘online’.

LUSA/HN

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