Politécnico de Viana do Castelo arranca ano letivo com aulas presenciais

19 de Agosto 2020

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) preparou o início do ano letivo 2020/2021 com atividades presenciais, mas planeou mais dois "cenários" para responder ao eventual agravamento da pandemia de Covid-19, informou esta quarta-feira o presidente, Carlos Rodrigues.

“O IPVC estudou e preparou três cenários para a atividade letiva 2020/2021. O primeiro prevê a atividade presencial, um outro com a atividade presencial associada ao ensino à distância, e o último assente predominantemente no ensino à distância, a aplicar numa situação de agravamento da pandemia de Covid-19, com orientações claras das entidades políticas e de saúde”, explicou Carlos Rodrigues.

O presidente do IPVC destacou que “o ensino a distância será sempre um recurso” e classificou “inviável” o “desdobramento massivo de turmas” nas seis escolas superiores da instituição espalhadas pelo distrito de Viana do Castelo.

“O desdobramento massivo de turmas é inviável por duas ordens de razões: a inexistência de espaços físicos suficientes e por acarretarem o aumento de encargos, designadamente com docentes, que a instituição não está em condições de suportar”, sustentou.

Carlos Rodrigues adiantou que o politécnico “tentará uma abordagem aos processos formativos que, tendo o menos impacto possível na qualidade de formação, se adequem a cada curso/unidade curricular”.

No próximo ano letivo “o uso da máscara será obrigatório e sempre que necessário a instituição disponibilizará esse equipamento de proteção individual”.

“O IPVC vai entregar a todos os novos estudantes um ‘kit’ constituído por uma mochila, duas máscaras e um frasco de álcool gel. Já as salas de aula e as diversas áreas dos edifícios estarão ainda todas equipadas com desinfetante para que sejam garantidas as regras de higienização de mãos”, especificou.

Questionado sobre uma redução do número de alunos dos programas Erasmus, motivada pelo surto do novo coronavírus, Carlos Rodrigues adiantou que “algumas universidades estrangeiras com as quais existem parcerias cancelaram os programas de mobilidade em 2020”.

“Será de esperar uma redução de estudantes em mobilidade, sobretudo na mobilidade ‘incoming’. Só teremos dados concretos em setembro, pois neste momento ainda decorrem inscrições. Contudo, o IPVC não tem apenas estudantes em mobilidade Erasmus, os estudantes internacionais são também uma realidade e tivemos, pela primeira vez, mais de 300 candidatos, tendo sido admitidos cerca de 130 candidatos. Até ao momento, não temos indicação de desistência destes estudantes”, referiu.

Com cerca de cinco mil alunos, o IPVC tem seis escolas – de Educação, Tecnologia e Gestão, Agrária, Enfermagem, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer -, ministrando 28 licenciaturas, 40 mestrados, 34 Cursos de Técnicos Superiores Profissionais (CTESP) e outras formações de caráter profissionalizante.

Além das escolas superiores de saúde, educação e tecnologia e gestão, situadas em Viana do Castelo, o IPVC tem escolas superiores instaladas em Ponte de Lima (Agrária), Valença (Ciências Empresariais) e Melgaço (Desporto e Lazer).

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 774.832 mortos e infetou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.784 pessoas das 54.448 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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