Governo de São Tomé decreta estado de calamidade por causa da abertura das aulas

30 de Agosto 2020

O Governo são-tomense decretou o quatro período de estado de calamidade, no país, para os dias 01 a 15 de setembro, apesar de melhorias verificadas no combate à covid-19, anunciou hoje o porta-voz, Adelino Lucas.

“O país tem observado ganhos na sua luta contra a pandemia do covid-19, mas, ainda assim, apesar desses ganhos, apesar de não se estar a observar situações críticas ou alarmantes, o Comité de Crise decidiu que será decretado mais um [período de] estado de calamidade, que vai de 1 a 15 de setembro”, disse o porta-voz do Governo.

Durante o encontro, o executivo são-tomense e o Comité de Crise congratularam-se com “os esforços dos parceiros bilaterais e multilaterais”, no apoio ao combate à doença.

O Governo deu “uma nota positiva” aos “esforços dos profissionais da saúde que têm dado o melhor de si, o que tem permitido que, de facto, a pandemia não esteja a alastrar-se de forma assustadora, contrariamente às previsões da Organização Mundial da Saúde [OMS], em março”, precisou Adelino Lucas.

O Comité de Crise reconheceu que “a pandemia ainda está presente” no país, “pese embora as melhorias que se têm vindo a verificar”.

Por isso, justifica a quarta situação de calamidade com a abertura do novo ano letivo 2020/2021, e o início da aulas marcado para 8 de setembro.

“Isso trará consigo um conjunto de mobilidade da população, particularmente jovem e estudantil”, afirmou o porta-voz do Governo.

“O Ministério da Educação e Ensino Superior deverá adotar as medidas necessárias, em articulação com os professores e o setor de inspeção das atividades escolares para que sejam observadas, de forma regular, todas as medidas sanitárias de higienização, uso das máscaras e lavagem das mãos”, explicou.

Segundo Adelino Lucas, outra justificação para a aplicação de mais um período de “estado de calamidade” prende-se com a retoma para breve dos voos da companhia aérea portuguesa TAP, que fará o percurso Lisboa/Gana/São Tomé.

“Certamente teremos uma mescla de passageiros e convém adotar as medidas sanitárias preventivas necessárias”, disse o porta-voz, lançando também “um alerta” às autoridades policiais para “agirem mais e melhor, na prevenção e salvaguarda da saúde publica”.

São Tomé registou, até este sábado, 895 casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-19, durante os seis meses desde que a doença foi declarada no país.

O Ministério da Saúde indica ainda que o número de doentes recuperados aumentou para 848, e três pacientes encontram-se internados no hospital de campanha, com o novo coronavírus.

LUSA/HN

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