Hungria encerra fronteiras para prevenir a importação de casos de Covid-19

1 de Setembro 2020

O encerramento das fronteiras entrou esta terça-feira em vigor na Hungria, único país membro da União Europeia (UE) que adotou esta medida drástica de prevenção da importação de casos de novo coronavírus.

A partir de hoje, os cidadãos estrangeiros só podem entrar em território húngaro em algumas situações justificadas, como a concedida a quem tem de atravessar a fronteira diariamente para trabalhar, desde que venha de um raio máximo de 30 quilómetros e não permaneça no país mais de 24 horas.

Da mesma forma, podem entrar no país pessoas com contrato de trabalho de mais de 30 dias, ou participantes em “importantes eventos desportivos, culturais e religiosos”, bem como comboios militares, sendo permitido o trânsito para outros países por determinados corredores, bem como viagens diplomáticas e oficiais.

Embora existam exceções para “viagens de negócios”, estas também serão muito limitadas, de acordo com relatos dos meios de comunicação da vizinha Áustria, um país que protestou contra os efeitos negativos que espera que o encerramento da Hungria tenha na sua economia.

“No futuro, as viagens de negócios da Áustria à Hungria só ficarão isentas da proibição de entrada se uma empresa austríaca tiver uma filial na Hungria”, frisou a agência austríaca APA.

No que se refere aos turistas, a única exceção divulgada até ao momento afeta viajantes dos demais países do Grupo de Visegrado: República Checa, Polónia e Eslováquia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, informou na noite de segunda-feira que os visitantes dessas nações podem entrar com a condição de que cheguem com acomodação reservada na Hungria e apresentem resultado negativo em pelo menos um teste do novo coronavírus.

As restrições não afetam a entrada ou passagem de mercadorias.

Os cidadãos húngaros que regressam ao seu país de uma estadia no estrangeiro devem permanecer em quarentena durante 14 dias, embora possam terminar o isolamento mais cedo se nos primeiros cinco dias forem submetidos a dois testes do novo coronavírus na Hungria, separados por um intervalo de 48 horas, e ambos forem negativos.

Desde o primeiro surto da pandemia em março, a Hungria, com 9,7 milhões de habitantes, contabilizou 6.257 infeções, incluindo 616 óbitos relacionados à Covid-19, o que coloca o país entre os menos afetados pelo novo coronavírus na Europa.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 847.071 mortos e infetou mais de 25,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

ULS de Braga celebra protocolo com Fundação Infantil Ronald McDonald

A ULS de Braga e a Fundação Infantil Ronald McDonald assinaram ontem um protocolo de colaboração com o objetivo dar início à oferta de Kits de Acolhimento Hospitalar da Fundação Infantil Ronald McDonald aos pais e acompanhantes de crianças internadas nos serviços do Hospital de Braga.

DE-SNS mantém silêncio perante ultimato da ministra

Após o Jornal Expresso ter noticiado que Ana Paula Martins deu 60 dias à Direção Executiva do SNS (DE-SNS) para entregar um relatório sobre as mudanças em curso, o HealthNews esclareceu junto do Ministério da Saúde algumas dúvidas sobre o despacho emitido esta semana. A Direção Executiva, para já, não faz comentários.

FNAM lança aviso a tutela: “Não queremos jogos de bastidores nem negociatas obscuras”

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disse esta sexta-feira esperar que, na próxima reunião com o Ministério da Saúde, “haja abertura para celebrar um protocolo negocial”. Em declarações ao HealthNews, Joana Bordalo e Sá deixou um alerta à ministra: ” Não queremos jogos de bastidores na mesa negocial. Não queremos negociatas obscuras.”

SNE saúda pedido de relatório sobre mudanças implementadas na Saúde

O Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) afirmou, esta sexta-feira, que vê com “bons olhos” o despacho, emitido pela ministra da Saúde, que solicita à Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) um relatório do estado atual das mudanças implementadas desde o início de atividade da entidade.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights