Hospital Amadora-Sintra constrói nova Unidade de Cuidados Intensivos

18 de Outubro 2020

O Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) vai construir uma nova Unidade de Cuidados Intensivos para reforçar a sua resposta no contexto da pandemia covid-19, uma obra orçada em 801.900 euros e que deverá entrar em funcionamento em dezembro.

A construção da nova Unidade de Cuidados Intensivos de nível II (UCI II) está prevista começar na segunda-feira e deverá estar concluída a 10 de dezembro, avançou à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca [HFF].

Este investimento representa um aumento de 15 camas, face às atuais quatro existentes neste nível II e a equipa médica que a irá integrar resultará da reorganização da equipa do Serviço de Medicina Intensiva e da contratação de médicos intensivistas, enfermeiros e assistentes operacionais.

“É uma obra estruturante para o Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca e com um impacto transversal em toda a instituição e na qualidade dos cuidados que prestamos”, adiantou Marco Ferreira.

A obra estava prevista realizar-se em 2021 mas, também, devido à atual situação de epidemia foi antecipada e vai ser realizada num “período bastante curto”, disse, notando que o HFF é dos hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo com o maior número de doentes com covid-19 internados desde o início da pandemia.

“O objetivo é começar desde já a dar resposta ao aumento de necessidade que é previsível não só pelo inverno, como pela situação de pandemia por covid-19“, vincou.

Atualmente, o HFF tem uma média de 2,6 camas de cuidados intensivos de nível II por 100 mil habitantes e este projeto vai permitir aumentar este rácio para cinco camas por 100.000 habitantes, “que já é mais próximo da média nacional e permite prestar cuidados de maior qualidade aos utentes”, salientou Marco Ferreira.

Na sexta-feira, o hospital tinha três das 10 camas de nível III de cuidados intensivos ocupadas com doentes covid-19, sendo as vagas disponíveis geridas a nível central pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

“Quando são necessárias disponibilizar a outras instituições que estão sob maior pressão, nós também as apoiamos”, disse, explicando que esta capacidade também é complementar às camas que estão ocupadas por doentes com outras doenças.

“O HFF é dos hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo com o maior número de doentes covid-19 internados desde o início da pandemia”, sendo que a criação da UCI vai “aliviar a pressão sobre a Medicina Intensiva da instituição, estando previstos, a muito breve prazo, novos investimentos no reforço da resposta do hospital”, salientou.

A nova UCI irá melhorar de “forma significativa” os cuidados de saúde prestados, adequando-os ao doente crítico nos seus diferentes níveis de severidade, diminuindo o número de dias médio dos doentes internados na unidade de curta duração do Serviço de Urgência Geral, e otimizando a utilização das camas de cuidados intensivos.

Permitirá ainda reduzir a taxa de cancelamentos cirúrgicos associada à falta de camas de cuidados intensivos nas cirurgias de maior complexidade, nomeadamente as oncológicas.

A unidade, que será construída na área atualmente ocupada pela Unidade de Cirurgia Ambulatória, próxima do Serviço de Medicina Intensiva, urgência geral e bloco operatório, inclui um posto de enfermagem e de vigilância centralizado.

As unidades de cuidados intensivos podem ser categorizadas em três níveis de acordo com os cuidados prestados.

LUSA/HN

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