UE quer ver África usar fundo de resposta para desenvolver economia verde

10 de Novembro 2020

A União Europeia quer que os oito mil milhões de euros destinados a África do fundo de resposta da UE à pandemia Covid-19 sejam investidos no desenvolvimento de uma economia verde, afirmou esta terça-feira a comissária europeia para as Parcerias Internacionais. 

“A maior parte dos 36 mil milhões de euros de resposta global da UE destina-se a mitigar o impacto da crise nas sociedades e economias. Quase oito mil milhões de euros destinam-se a África. Pedimos este dinheiro emprestado a gerações futuras, por isso temos a obrigação de garantir um futuro sustentável”, disse Jutta Urpilainen.

A comissária falava na abertura da Conferência virtual do 9.º Dia de África da República da Eslovénia, coorganizada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Eslovénia, a Comissão Europeia e o Programa Chatham House Africa.

O evento reúne responsáveis europeus, representantes de Estados-membros, incluindo Portugal, e especialistas de organizações não-governamentais e pretende a analisar formas de colaboração entre África e a Europa na aceleração da transição verde e de iniciativas de política climática, aproveitando oportunidades na recuperação económica de longo prazo da pandemia Covid-19.

Urpilainen, antiga ministra das Finanças da Finlândia, lembrou que a ameaça das alterações climáticas já existia antes da crise económica global provocada pela pandemia do novo coronavírus e que a recuperação deve ser aproveitada para abordar este problema.

Segundo a comissária, a exposição do Produto Interno Bruto (PIB) nos países africanos expostos a padrões climáticos extremos está projetada crescer de 895 mil milhões de dólares (760 mil milhões de euros) em 2018 para cerca de 1,4 biliões de dólares (1,2 biliões de euros) em 2023, quase metade do PIB pré-covid-19.

“Mas África um tem potencial enorme para reverter esta tendência, investindo em energias renováveis, promovendo a criação de empregos, interconetividade dentro do continente, investigação e inovação e a digitalização. O que faz de África tão vulnerável é a sua riqueza em biodiversidade e é também o que oferece uma amplitude tão grande de oportunidades”, vincou.

LUSA/HN

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