Trump desafia o Congresso a aprovar resgate económico “grande e focado”

15 de Novembro 2020

O presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, instou hoje o Congresso a aprovar um novo pacote de medidas de estímulo da economia “grande e focado”, para conter a crise provocada pela pandemia da covid-19.

“O Congresso deveria fazer agora um projeto de lei de alívio de covid. Precisa do apoio dos Democratas. Faça-o grande e focado. Faça-o”, lê-se numa publicação na conta oficial de Donald Trump no Twitter.

A agência EFE salienta que estas são as primeiras palavras de Trump em relação às conversações para a aprovação de um novo pacote de estímulos, desde que há uma semana as projeções dos principais meios de comunicação social norte-americanos deram coo vencedor das eleições presidenciais de 03 de novembro o democrata Joe Biden.

Donald Trump ainda não reconheceu a derrota e denunciou, sem provas, que houve fraude.

Antes das eleições, o agora presidente cessante fez apelos, em várias ocasiões, para chegar a um acordo com os democratas no Congresso para definir um novo plano de resgate da economia, depois de ter aprovado em março passado o maior da história dos Estados Unidos, no valor de 2,2 biliões de dólares.

As negociações decorriam há meses, mas pararam antes das eleições presidenciais e ainda não foram retomadas.

De acordo com os meios de comunicação social locais, caso sejam retomadas, será o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, que também não reconheceu a vitória de Joe Biden, a liderar as negociações, ficando a Casa Branca em segundo plano.

Os republicados defendem a aprovação de um resgate limitado, similar ao plano de estímulo no valor de 500 mil milhões de dólares, apresentado pelos conservadores e que foi bloqueado em setembro e outubro pelos democratas no Senado.

A proposta dos republicanos contempla financiamento para as pequenas empresas e a saúde pública, mas não inclui fundos para os governos locais ou depósitos diretos aos cidadãos, como o resgate aprovado em março.

Os democratas, por seu lado, defendem um pacote de ajuda maior que incluía novos apoios por desemprego, uma segunda ronda de pagamentos diretos aos cidadãos e assistência aos governos estatais e locais, entre outros.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.305.039 mortos resultantes de mais de 53,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (244.346) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 10,7 milhões).

As medidas para combater a covid-19 paralisaram setores inteiros da economia mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a pandemia reverterá os progressos feitos desde os anos de 1990, em termos de pobreza, e aumentará a desigualdade.

O FMI prevê uma queda da economia mundial de 4,4% em 2020, com uma contração de 4,3% nos Estados Unidos e de 5,3% no Japão, enquanto a China deverá crescer 1,9%.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

ULS de Braga celebra protocolo com Fundação Infantil Ronald McDonald

A ULS de Braga e a Fundação Infantil Ronald McDonald assinaram ontem um protocolo de colaboração com o objetivo dar início à oferta de Kits de Acolhimento Hospitalar da Fundação Infantil Ronald McDonald aos pais e acompanhantes de crianças internadas nos serviços do Hospital de Braga.

DE-SNS mantém silêncio perante ultimato da ministra

Após o Jornal Expresso ter noticiado que Ana Paula Martins deu 60 dias à Direção Executiva do SNS (DE-SNS) para entregar um relatório sobre as mudanças em curso, o HealthNews esclareceu junto do Ministério da Saúde algumas dúvidas sobre o despacho emitido esta semana. A Direção Executiva, para já, não faz comentários.

FNAM lança aviso a tutela: “Não queremos jogos de bastidores nem negociatas obscuras”

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disse esta sexta-feira esperar que, na próxima reunião com o Ministério da Saúde, “haja abertura para celebrar um protocolo negocial”. Em declarações ao HealthNews, Joana Bordalo e Sá deixou um alerta à ministra: ” Não queremos jogos de bastidores na mesa negocial. Não queremos negociatas obscuras.”

SNE saúda pedido de relatório sobre mudanças implementadas na Saúde

O Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) afirmou, esta sexta-feira, que vê com “bons olhos” o despacho, emitido pela ministra da Saúde, que solicita à Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) um relatório do estado atual das mudanças implementadas desde o início de atividade da entidade.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights