O indicador de aglomerações, até agora fixado em 50 a 300 pessoas dependendo do caso, cairá para oito a partir de 24 de novembro, medida “necessária” para diminuir o número de infeções, justificou o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, durante de uma conferência de imprensa.
A medida entrará em vigor a 24 deste mês e assim permanecerá por quatro semanas.
Até sexta-feira, a Suécia contabilizou 177.000 casos de infeção com o novo coronavírus e 6.164 mortes por Covid-19.
Trata-se da segunda medida de restrição anunciada em menos de uma semana pelas autoridades suecas, após terem imposto a proibição de venda de álcool a partir das 22:00 e a obrigação de encerramento de bares, restaurantes e clubes noturnos até às 22:30.
A estratégia de combate ao novo coronavírus na Suécia, o país escandinavo mais afetado e que conta com cerca de 103 milhões de habitantes, tem sido mais branda do que a dos vizinhos da Dinamarca, Finlândia e Noruega, apostando em poucas restrições e muitas recomendações, em que se apela à responsabilidade individual.
Löfven justificou a medida pelo menor cumprimento das recomendações, algo que considera “compreensível” pela duração da pandemia, mas ressalvou a importância de atuar com rapidez para limitar os contágios.
“A situação no nosso país é complicada e, ao mesmo tempo, simples: vivemos um tempo de provações. E vai piorar. Cumpra o seu dever, assuma a sua responsabilidade para impedir a propagação. Não vá ao ginásio, nem à biblioteca, nem a jantares ou a festas. Fique em casa”, insistiu Löfven.
Depois de uma primavera dura, em que a Suécia registou cinco vezes mais óbitos do que a Dinamarca e 10 vezes mais do que a Noruega, embora com uma taxa de mortalidade inferior à dos países mais castigados da Europa, a pandemia no país melhorou significativamente durante o verão, com os níveis de contágio abaixo dos restantes países nórdicos.
No entanto, nas últimas duas semanas, e de acordo com os dados mais recentes do Centro Europeu e Controlo de Doenças (ECDC), está a registar-se uma média de 511,9 novos casos por cada 100 mil habitantes, o dobro do índice da Dinamarca e mais do que os Países Baixos e o Reino unido, entre outros.
“O rápido aumento que vimos na Europa veio para cá com grande força. O peso sobre a Saúde aumentou claramente e isso significa um contágio crescente”, disse o diretor da Agência de Saúde Pública sueca, Johan Carlson, defendendo que a regra passa pela ideia de “desistir de tudo o que não é absolutamente necessário”.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.319.561 mortos resultantes de mais de 54,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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