Venezuela anuncia compra de 10 milhões de vacinas Sputnik-V

16 de Novembro 2020

A Venezuela chegou a acordo com a Rússia para comprar 10 milhões de doses de vacinas Sputnik-V, contra a Covid-19, anunciou no domingo o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

“Garantimos mais de 10 milhões de vacinas para o primeiro trimestre do próximo ano (…) e também [garantimos] que a Venezuela fabricará a vacina russa nos seus laboratórios”, realçou Nicolás Maduro, durante um evento oficial em Caracas, transmitido pelo canal de televisão governamental.

Segundo Maduro, a delegação do Governo que se deslocou à Rússia, liderada pelo vice-presidente venezuelano, Delcy Rodriguez, teve como principal objetivo “fechar acordos sobre a vacina”.

“Vamos garantir a produção da vacina e garantir o abastecimento a partir de janeiro”, sublinhou Delcy Rodriguez, presente também no evento.

O fundo soberano da Rússia (RDIF) e o instituto de investigação da Gamaleia elogiaram a eficácia da vacina russa Sputnik-V, que está atualmente na terceira fase de ensaios clínicos, em que participam 40 mil voluntários.

E garantiram que a vacina tem uma eficácia de 92%, poucos dias depois do anúncio da vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech, com uma eficácia de 90%.

O Governo da Venezuela disse ter contido o aumento de infeções naquele país, que tem 30 milhões de habitantes, e que oficialmente regista 96.933 casos confirmados de Covid-19 e 848 mortos, desde março.

Estes números são questionados pela oposição e por organizações não-governamentais, que consideram a situação muito mais grave.

No início de outubro, o país recebeu uma remessa da vacina russa para ensaios clínicos em dois mil voluntários, onde se incluiu o filho do Presidente, Nicolas Maduro Guerra.

Também em outubro, Nicolas Maduro anunciou que a vacinação começaria entre dezembro e janeiro, numa altura em que o país aguarda a chegada das vacinas da China e da Rússia, dois dos seus principais aliados.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.313.471 mortos resultantes de mais de 54 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (245.614) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 10,9 milhões).

Seguem-se, em número de mortos, o Brasil (165.658 mortos, mais de 5,8 milhões de casos), a Índia (129.635 mortos, mais de 8,8 milhões de infetados), o México (98.259, mais de um milhão infetados) e o Reino Unido (51.934 mortos, mais de 1,3 milhões de casos).

LUSA/HN

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