Cerca de 70% portugueses consideram insuficiente o investimento do Estado no combate ao cancro

25 de Novembro 2020

Um inquérito esta quarta-feira divulgado revela que mais de metade dos portugueses inquiridos consideram insuficiente o investimento do Estado no combate ao cancro, a doença que mais os preocupa, excluindo a pandemia da Covid-19.

A sondagem, realizada pela empresa de estudos Gfk Metris para a Apifarma – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, envolveu uma amostra de 1.001 pessoas com 18 ou mais anos e residentes em Portugal continental, às quais foi feita uma entrevista telefónica entre 27 de outubro e 11 de novembro.

O estudo de opinião, que visou saber o que pensam os portugueses sobre o cancro, nomeadamente em termos de doença e da resposta do sistema de saúde, é apresentado hoje numa videoconferência no âmbito da iniciativa “Cancro: Cada Dia Conta – Da Prioridade à Ação”.

De acordo com os resultados, citados em comunicado da Apifarma, 68% dos inquiridos consideram insuficiente o investimento do Estado no combate ao cancro, com 11% a acharem justa a verba destinada a esse fim.

O inquérito revela ainda que mais de metade dos portugueses (60%) classificam como insuficiente ou muito insuficiente o acesso aos tratamentos “mais modernos” para o cancro, apesar de ser a doença “mais preocupante” (75%), excluindo a Covid-19.

Os inquiridos justificam esta preocupação com o cancro com a taxa de mortalidade elevada (25%), o terem ou terem tido familiares com cancro (25%) e com o tratar-se de uma doença que “qualquer um pode ter” (17%).

Em termos de acessibilidade aos cuidados de saúde oncológicos, 44% das pessoas apontam os tempos de espera elevados e 15% a dificuldade em fazer diagnósticos atempados. A primeira consulta é muito demorada para 25% dos inquiridos.

A iniciativa “Cancro: Cada Dia Conta – Da Prioridade à Acção”, lançada pela Apifarma, pretende “tornar a oncologia uma prioridade tanto no plano nacional como no europeu” e “contribuir para a definição de uma estratégia nacional de combate ao cancro”, tendo em atenção a “equidade do acesso à inovação”.

LUSA/HN

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