Documentário sobre meningite meningocócica alerta para a importância da prevenção

3 de Dezembro 2020

Os relatos de quem viveu a meningite na primeira são contados no documentário “Prevenir a Meningite - Por uma vida inteira pela frente". O objetivo consiste em alertar para a importância da prevenção. Estima-se que um em cada cinco sobreviventes fica com sequelas graves.

A iniciativa promovida pela farmacêutica GSK incluiu depoimentos de seis especialistas médicos, uma mãe de uma criança sobrevivente de meningite e Lenine Cunha, atleta paralímpico e também sobrevivente de meningite, entre outros testemunhos. Todos sublinham a gravidade da meningite e a importância da prevenção nas diferentes faixas etárias, para proporcionar uma vida inteira pela frente.

De acordo com os especialistas da área a meningite é a inflamação das meninges, as membranas que revestem o cérebro e a medula espinal, sendo provocada maioritariamente por vírus e bactérias, mas também por fungos ou parasitas. Apesar da infeção não escolher idades, as crianças e os adolescentes são um grupo de risco.

Hugo Rodrigues, pediatra e autor do blog “Pediatria para todos”, esclarece que “a meningite meningocócica, uma infeção bacteriana das meninges e da espinal medula, embora seja uma doença pouco frequente, pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade. É uma infeção muito grave e que pode evoluir de sintomas inespecíficos até à morte em apenas 24h”.

Sobre a forma como se propaga o especialista refere que “a doença meningocócica transmite-se através do contacto direto com gotículas e secreções nasais favorecidas pela tosse, espirros, beijos e pela proximidade física. Uma doença que, numa fase inicial (primeiras 4-8horas), apresenta sinais e sintomas poucos específicos e que podem ser semelhantes a uma gripe, o que pode gerar despreocupação para uma situação clínica que pode atingir quadros muito graves”

O último relatório sobre a infeção indica que no ano de 2018, em Portugal, 70% dos casos foram causados pelo serogrupo B, à semelhança do que se passa no resto da Europa.

Os profissionais da área alertam que as crianças em idade escolar e os adolescentes são um grupo de risco que exige atenção e preocupação, visto que um em cada quatro adolescentes pode ser portador assintomático da bactéria Neisseria meningitidis, tornando-se, assim, potencial transmissor para as restantes pessoas com quem convive.

O documentário está disponível Aqui.

PR/HN

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