Ministro da Economia diz que acordo na UE é “boa notícia” mas é preciso dar “novo fôlego” às empresas

11 de Dezembro 2020

O ministro de Estado e da Economia considerou esta sexta-feira uma "boa notícia" o acordo alcançado no Conselho Europeu sobre orçamento plurianual e fundo de recuperação, mas sublinhou que é ainda preciso dar "novo fôlego às empresas" afetadas pela crise.

Pedro Siza Vieira falava no parlamento, no início do primeiro debate setorial, após a revisão do regimento da Assembleia da República, que incide sobre uma área, neste caso a Economia, e segue o modelo dos debates com o primeiro-ministro em que o Governo responde, uma a uma, às perguntas dos deputados.

O ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital realçou as “boas notícias em diversas frentes” dos últimos dias, como o arranque dos programas de vacinação e “a boa notícia do Conselho Europeu com a conclusão do acordo relativo ao orçamento plurianual e a aprovação do programa Next Generation EU”, mas defendeu que nesta fase ainda é preciso apoiar as empresas.

“Ainda assim, percebemos que é preciso um apoio acrescido nesta fase decisiva, nesta fase em que começamos a ver luz ao fundo do túnel ao nível sanitário e temos boas notícias em diversas frentes”, sublinhou Siza Vieira.

“Agora é preciso dar um novo fôlego às empresas para atravessarem estes meses que ainda restam até à completa normalização sanitária”, acrescentou o ministro da Economia.

Siza Vieira lembrou as novas medidas de apoio às empresas aprovadas na quinta-feira no Conselho de Ministros, como a prorrogação do apoio à retoma progressiva que passa a permitir que as retribuições dos trabalhadores sejam pagas a 100% “sem esforço adicional às empresas” e o alargamento aos sócios-gerentes.

O ministro considerou que esta é “uma fase crítica” da situação sanitária social e económica, no final de um ano “difícil” com medidas restritivas, sublinhando que as empresas fizeram um “percurso de grande resistência”.

Desde março, o Estado avançou com cerca de 22 mil milhões de euros de apoios à economia e ao emprego, dos quais 2.790 milhões com financiamento a fundo perdido, destacou Siza Vieira, acrescentando que Portugal foi “provavelmente o país que colocou menos restrições” face à crise sanitária.

“São meses melhores aqueles que vamos encontrar nos próximos tempos, esperamos que com estes apoios possamos repor um horizonte de esperança para as empresas, para trabalhadores e sociedade”, rematou o ministro.

LUSA/HN

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