Governo cabo-verdiano compra artesanato e patrocina eventos para apoiar artistas

16 de Dezembro 2020

O Governo cabo-verdiano aprovou a compra de obras de arte e artesanato pelo Estado e o patrocínio de espetáculos musicais e eventos culturais, para apoiar o setor artístico do arquipélago, afetado pela pandemia de Covid-19.

De acordo com uma resolução aprovada em Conselho de Ministros e que entrou terça-feira em vigor, o objetivo é reforçar o apoio aos “profissionais do setor artístico e criativo (…) cujas fontes de rendimento são oriundas, única e exclusivamente, da sua atividade profissional nas áreas das artes e das indústrias criativas”, afetada pela falta de turismo em Cabo Verde desde março.

“A retoma do turismo e do crescimento económico dar-se-á não antes do início do segundo semestre de 2021, pelo que o primeiro semestre desse ano será particularmente difícil para os agregados familiares pobres e em empobrecimento, quanto para as micro, pequenas, médias empresas”, reconhece o Governo.

A resolução em causa aprova a “medida adicional” de incentivos à produção cultural “para apoiar a classe artística nacional, nomeadamente produtores e agentes culturais”, desde logo através da aquisição de obras de arte e artesanato pelo Estado.

“Designadamente para a coleção permanente de arte contemporânea de Cabo Verde e o acervo dos museus e centros culturais”, lê-se.

Também através do “patrocínio prévio” a “eventos musicais, teatrais, performativos, gravação de música, realização de videoclipes, produção de conteúdos e projetos culturais de interesse público”.

O Governo garante que foram ouvidas, no âmbito da definição desta solução, as autoridades e representantes dos setores implicados e que os apoios serão executados pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, enquanto “medida de empoderamento de profissionais da cultura e de combate ao empobrecimento das famílias”, cujas fontes de rendimento, por vezes no setor informal da economia, “são oriundas única e exclusivamente” das áreas das artes e das indústrias criativas, suspensas devido à crise provocada pela pandemia.

“Todos os produtores e agentes culturais que beneficiarem dos financiamentos previstos na presente resolução serão estimulados a formalizarem-se como empresa e a inscreverem-se no sistema de previdência social”, define ainda a resolução.

LUSA/HN

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