Reino Unido quer vacinar 14 milhões de pessoas até o próximo mês, governo diz que meta é “muito ambiciosa” mas possível

6 de Janeiro 2021

O Governo britânico classificou esta quarta-feira como “muito ambiciosa”, mas possível, a meta de vacinar cerca de 14 milhões de pessoas contra a Covid-19 até meados de fevereiro no país.

“É sem dúvida uma meta ambiciosa, uma meta muito ambiciosa. Mas estou confiante de que, com o plano posto em prática pelo NHS (serviço público de saúde britânico), chegaremos lá”, afirmou Nadhim Zahawi, secretário de Estado responsável pelo programa de vacinação, à Sky News.

Antes do debate e votação no Parlamento sobre o novo confinamento decretado em Inglaterra, Zahawi prometeu uma “aceleração enorme” no número de pessoas vacinadas nos próximos dias, graças à operacionalização de mais de 1.000 postos de vacinação.

O Governo pretende vacinar todos os residentes e trabalhadores de residências sénior, profissionais de saúde e assistência social, todos os maiores de 70 anos e pessoas clinicamente vulneráveis, cerca de 14 milhões no total, até meados de fevereiro, o que implica cerca de dois milhões de vacinas por semana.

Mais de 1,3 milhões de pessoas já foram vacinados desde o lançamento da campanha de vacinação no Reino Unido, no início de dezembro, com as duas vacinas aprovadas, Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford.

Vacinar os quatro grupos prioritários, que representam 90% das mortes de Covid-19 no Reino Unido, é uma das condições que o primeiro-ministro, Boris Johnson, determinou para aliviar o confinamento nacional que começou hoje em Inglaterra e que vai ser debatido e votado no parlamento esta manhã.

Apesar da hostilidade de vários deputados do próprio Partido Conservador às restrições, o Governo vai ganhar a votação graças ao apoio da oposição, nomeadamente do Partido Trabalhista, que urgiu o Executivo a decretar um confinamento apesar de criticar Johnson pela gestão da pandemia.

Numa conferência de imprensa na terça-feira, Johnson revelou que mais de 2% da população em Inglaterra, ou seja, mais de um milhão de pessoas no total, está agora infetada com o coronavírus, o que equivale a uma em 50 pessoas.

As hospitalizações atingiram um novo recorde diário de 3.351 no domingo em Inglaterra, acima do pico de 3.099 hospitalizações em 01 de abril

O confinamento implica o encerramento das escolas durante pelo menos seis semanas, até 22 de fevereiro, e da maioria do comércio não essencial, cabeleireiros e ginásios, enquanto bares e restaurantes só podem vender comida para fora.

O Reino Unido tem um dos balanços mais pesados da Europa, com mais de 76 mil mortos no total e quase 61 mil casos positivos registados na terça-feira.

A Escócia também entrou num confinamento do mesmo tipo de Inglaterra pelo menos durante todo o mês de janeiro.

As restantes regiões britânicas, País de Gales e a Irlanda do Norte, também fecharam escolas, apertando os confinamentos iniciados logo após o Natal.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.286 pessoas dos 436.579 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Limitações nas urgências por região

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde divulgou hoje um novo plano de reorganização das urgências, que indica que 39 pontos vão funcionar com limitações nalgumas especialidades entre os dias 03 e 09 de dezembro.

Greve dos pilotos de helicópteros do INEM regista 83% de adesão

A greve dos pilotos de helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) registou 83% de adesão disse hoje o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), sublinhando que os serviços mínimos decretados não foram plenamente cumpridos.

Cabo Verde quer comunidades a liderar luta contra a Sida

Cabo Verde quer reforçar a prevenção, diagnóstico, comunicação e informação e ter as comunidades a liderar a luta contra o VIH-Sida, cuja taxa de prevalência mantêm-se nos 0,6%, com média de 400 casos anuais, disseram hoje fontes oficiais

Lançado hoje 1º episódio da série documental: “SIDA 4.0 Os anos do medo, da discriminação, do estigma e da inovação

Temas como o Aparecimento do Vírus, o Estigma e a Discriminação; O Peso das Drogas na Sociedade Portuguesa; VIH-2 e a Cooperação com os PALOP; PrEP – A Revolução na Prevenção e Para Quando a Cura, vão ser analisados por diferentes intervenientes, tendo em atenção os 40 anos sobre a infeção VIH e a Sida e das mudanças que ela trouxe à sociedade em geral e aos portugueses em particular.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights