Misericórdias de Coimbra com 120 casos em 22 instituições

7 de Janeiro 2021

Cinco misericórdias do distrito de Coimbra registam cerca de 120 casos de contágio por Covid-19, com a instituição de Soure a registar a situação mais grave, informou esta esta quinta-feira um dirigente distrital da União das Misericórdias Portuguesas (UMP).

António Sérgio Martins, presidente do Secretariado Regional de Coimbra da UMP, disse à agência Lusa que a maioria das pessoas infetadas pelo novo coronavírus são utentes das misericórdias de Coimbra, Condeixa-a-Nova, Cantanhede, Oliveira do Hospital e Soure.

“Infelizmente, temos casos ativos” nos lares que integram a rede distrital da UMP, com um total de 22 misericórdias, adiantou o também provedor da Santa Casa da Pampilhosa da Serra, no interior do distrito.

No entanto, salientou, “à exceção da Santa Casa da Misericórdia de Soure, todos as outras estão em processo de regressão”, com o números de infeções a diminuir.

“Soure é a situação mais preocupante, quanto ao número de casos ativos e à fase” em que o surto se encontra, afirmou, realçando que se verifica “uma inversão de tendência” nas outras quatro instituições atingidas.

Para António Sérgio Martins, “é importante que o plano de vacinação avance no mais curto espaço de tempo”, o que ajudaria a “aliviar a atual pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde”.

Os lares das 22 misericórdias do distrito, com cerca de 120 casos atualmente ativos em cinco destas instituições sociais, correspondem a um universo de 6.000 utentes idosos, sendo o seu funcionamento assegurado por um total de 2.000 trabalhadores.

Há um mês, o Secretariado Regional de Coimbra da União das Misericórdias Portuguesas criou uma “equipa de resposta solidária” para apoiar as instituições do setor que enfrentam maiores dificuldades face à pandemia da covid-19.

Na altura, em declarações à Lusa, António Sérgio Martins alertou que os lares vivem um “momento de muitas dificuldades”, no atual contexto de pandemia e que as brigadas distritais de intervenção rápida, criadas em setembro pela Segurança Social, “não estão a dar uma resposta suficiente”.

Segundo o mesmo responsável, desde o início da pandemia em Portugal, em março de 2020, as 22 misericórdias do distrito de Coimbra contabilizaram pelo menos 20 óbitos entre os seus utentes associados ao vírus, detetado em Whuan, uma cidade do centro da China, em dezembro de 2019.

LUSA/HN

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