China apertas restrições com aproximação do Ano Novo Lunar

9 de Janeiro 2021

As autoridades chinesas reforçaram hoje as restrições de circulação em duas cidades da província de Hebei, sul de Pequim, para tentar conter o novo surto de covid-19 e travar a propagação com a aproximação do Ano Novo Lunar.

Na cidade de Shijiazhuang, capital da província de Hebei, foi hoje suspensa a circulação do metro como medida para ajudar na “prevenção e controlo da epidemia”, enquanto na cidade de Xingtai foi decretada a proibição de sair de casa durante uma semana.

Um total de 18 milhões de pessoas nesta pronvícia estão proibidas de circular para fora desta zona, a não ser por motivo considerado urgente.

Segundo a agência Associated Press, Pequim está a exigir aos trabalhadores da província de Hebei, um comprovativo de trabalho e um teste de covid-19 negativo antes de autorizar a sua entrada na capital do país.

A France Presse indica, por seu lado, que as autoridades decidiram também encerrar as escolas naquelas duas cidades da província de Hebei, tendo ainda imposto restrições à circulação dos meios de transporte de longa distância.

Estas medidas estão a ser tomadas numa altura em que se aproximam as comemorações do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao Natal nos países ocidentais, e depois de na semana passada a China ter detetado mais de 300 infeções por covid-19, 200 das quais assintomáticas.

A principal festa das famílias chinesas é também a maior migração interna do planeta, com dezenas de milhões de trabalhadores a regressarem às respetivas terras natais.

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje ter identificado 33 casos de covid-19, nas últimas 24 horas, 17 dos quais de contágio local e os restantes oriundos do exterior.

A província de Hebei, que circunda Pequim, somou 14 casos locais nas últimas 24 horas. Desde que o surto foi detetado, na semana passada, a região já registou mais de 200 casos, levando as autoridades a colocar parte da província sob quarentena.

Os outros três casos locais foram detetados na província de Liaoning (nordeste).

Os 16 casos importados foram diagnosticados em Xangai (leste), Guangdong (sul), Liaoning (nordeste), Jiangsu (leste), Fujian (sudeste) e Shandong (leste).

As autoridades chinesas indicaram que foram detetados 38 doentes assintomáticos, 21 dos quais oriundos do exterior, apesar de estes casos só serem considerados confirmados se manifestarem sintomas.

O país somou, no total, 87.364 infetados desde o início da pandemia e 82.195 pessoas que recuperaram da doença.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.899.936 mortos resultantes de mais de 88 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

NR/HN/LUSA

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Investigadores reúnem-se em Lisboa para analisar ‘long-covid’

Investigadores nacionais e estrangeiros reúnem-se na próxima semana em Lisboa, numa conferência internacional inédita que pretende alertar para a relação da ‘long covid’ com doenças, como a fadiga crónica, e a necessidade de encontrar resposta para estes doentes.

OMS lança nova rede de laboratórios para os coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma nova rede de laboratórios para coordenar as capacidades à escala global de deteção, monitorização e avaliação de coronavírus potencialmente novos ou em circulação com impacto na saúde pública.

Apresentados resultados de medicamento para esclerose múltipla

Numa análise post-hoc, os novos dados revelam evidências de benefícios cognitivos na esclerose múltipla recidivante após o tratamento inicial com MAVENCLAD® (cladribina em comprimidos), com melhoria cognitiva sustentada ou estabilidade observada a dois anos.

Federação da paralisia cerebral sensibiliza novo PM para apoios

A Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) pediu a intervenção do novo primeiro-ministro para um conjunto de reclamações que, em alguns casos, estão inalteradas há uma década, queixando-se da falta de respostas do anterior executivo.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights