Mais de 3.000 pessoas assinaram petição que pede salas de estudo abertas

15 de Janeiro 2021

Mais de 3.000 pessoas assinaram até hoje de manhã uma petição que defende que as salas de estudo se mantenham abertas durante o confinamento decretado pelo Governo e que hoje começou.

Os promotores da petição, que até às 10h15 tinha sido assinada por 3.069 pessoas, lembram que o Governo decidiu manter as escolas abertas, mas optou por mandar encerrar as salas de estudo, que “prestam apoio educativo aos alunos, ajudando a promover o sucesso escolar” e que os promotores consideram “um apoio fundamental”.

“Para além deste importante pilar para crianças e jovens, importa destacar e compreender que as salas de estudo são um apoio fundamental aos encarregados de educação que não têm retaguarda familiar, ficando agora sem saber a quem confiarão o acompanhamento dos filhos durante o período em que estes não estão na escola (que funciona por blocos horários)”, explicam.

Os promotores da petição questionam ainda o Governo sobre a razão pela qual as escolas podem ficar abertas e as salas de estudo, “frequentadas por poucas dezenas de alunos” não podem e qual a diferença de risco de contágio no atual contexto epidemiológico por causa da covid-19.

Perguntam ainda quem irá ajudar os alunos no esclarecimento de dúvidas “que não conseguem ser esclarecidas individualmente em turmas compostas por 30 alunos” e querem igualmente saber qual é a opção para os pais cujos filhos só frequentam as aulas durante a manhã ou durante a tarde.

“Irão colocar baixa para poderem acompanhar os filhos porque não têm onde e com quem ficar”, perguntam.

Questionam ainda a lógica “de se manterem abertos serviços com menos importância para o futuro do país” e defendem que retirar aos alunos a possibilidade do acompanhamento individualizado, praticado nas salas de estudo, é “retirar-lhes o tapete debaixo dos pés”.

“As crianças e os jovens não frequentam as salas de estudo para conviverem socialmente. Frequentam estes espaços porque necessitam de um apoio extra, de ferramentas que os ajudem a superar as dificuldades, de profissionais que os motivem e orientem”, sublinham.

No texto da petição, os signatários frisam que as salas de estudo “são um apoio importantíssimo às escolas que querem alunos motivados e com sucesso escolar” e pedem que a lei “permita que todos aqueles que garantirão um futuro sólido em todas as vertentes possam continuar a ser apoiados”.

O decreto que regula o novo estado de emergência permite a manter em funcionamento as escolas, mas obriga a encerrar atividades de ocupação dos tempos livres (ATL), escolas de línguas, escolas de condução e centros de explicações.

O estado de emergência foi até 30 de janeiro para permitir medidas extra de contenção da covid-19.

De acordo com o mais recente boletim Direção-Geral da Saúde, já morreram em Portugal 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados.

A covid-19 é provocada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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