PSD considera que confinamento será mais prolongado por Governo “ter sido frouxo”

9 de Fevereiro 2021

O PSD considerou esta terça-feira que o atual confinamento terá de ser prolongado até “meados, fim de março” por o Governo “ter sido frouxo” e “não ter agido a tempo” no combate à Covid-19.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, depois da reunião por videoconferência com epidemiologistas que decorreu hoje de manhã, o deputado e dirigente do PSD Maló de Abreu considerou, ainda assim, que do encontro saiu “um sinal de esperança” com a diminuição da curva de contágios por Covid-19 e reiterou a necessidade de “testar mais e isolar mais”.

“Como se viu, por não se ter agido a tempo, ou se ter sido frouxo como foi este Governo, possivelmente este confinamento, dito pelo próprio primeiro-ministro, vai prolongar-se até ao fim de março, o que tem efeitos graves na economia portuguesa”, criticou.

“Se nos falam em meados, fim de março – e como os prazos que o Governo apresenta para tudo nunca são cumpridos – nada de bom nos espera destes prazos”, acrescentou.

O vogal da Comissão Política Nacional do PSD quis aproveitar a ocasião para saudar o novo responsável pela ‘task-force’ da vacinação, vice-almirante Gouveia e Melo.

“Sempre dissemos que esta coordenação não deveria ser feita em tempo parcial e exigiria grande espírito de missão. Desejamos-lhe sorte, a sua sorte é a sorte dos portugueses”, afirmou.

O deputado social-democrata saudou que se esteja a regista ruma “desaceleração na curva” de contágios, mas lamentou que o Governo não tenha “tomado medidas melhores atempadamente”.

“O PSD apresentou um conjunto de propostas a seu tempo, com sete eixos fundamentais, e verificamos hoje que um conjunto de epidemiologistas vem referir o conjunto de propostas que o PSD há muitos meses apresentou e em relação às quais o Governo foi cego surdo e mudo”, criticou, referindo-se em concreto à necessidade de realizar mais testes e de um isolamento mais rápido dos contactos suspeitos.

O dirigente social-democrata apelou ainda a que Portugal utilize a sua atual presidência do Conselho Europeu para dinamizar o processo de vacinação.

“O Governo deve aproveitar esta oportunidade, tem até a obrigação, de forçar o envio mais rápido possível de vacinas, não só para Portugal como para toda a Europa”, disse.

Maló de Abreu defendeu que só será possível diminuir as mortes e relançar a atividade económica conjugando duas ações: “Vacinar o mais rapidamente possível e testar maciçamente os portugueses, é no conjunto destas duas ações que reside o segredo do sucesso”, disse.

Lusa/HN

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