Em comunicado hoje divulgado, o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais refere que estas pessoas são “invisíveis no momento da seleção dos grupos prioritários para a vacinação”, tal como o são na tarefa de cuidadores, e pedem “que não sejam esquecidos” os cuidadores.
Alertam ainda para o perigo de serem a fonte de infeção das pessoas cuidadas para sublinhar a importância de serem incluídos nas prioridades da vacinação.
“A questão foi colocada, em julho de 2020, ao Ministério da Saúde, a quem se apelou para incluir os cuidadores informais no grupo prioritário de vacinação. A resposta chegou em janeiro passado, quando o então coordenador da ‘task force’ do Plano de Vacinação contra a Covid-19, Francisco Ramos, informava que estes cuidadores não foram incluídos na primeira fase”, refere o movimento no comunicado no qual pedem “que se reavalie esta decisão”.
Bruno Alves, Sílvia Artilheiro Alves e Nélida Aguiar, representantes do movimento, “admitem a dificuldade de vacinar todos os cuidadores informais, tendo em conta os problemas na identificação e reconhecimento dos cuidadores a nível nacional”, mas apontam como solução parcial a vacinação de cuidadores que recebem o complemento por dependência e subsídio de 1.º e 2.º grau e dos cuidadores identificados pelas equipas de saúde nos domicílios.
Essa vacinação, concluem, devia abranger não apenas o cuidador, mas também a pessoa cuidada, o que se traduziria “em ganhos para todos”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.355.410 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Lusa/HN
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