Primeiro-ministro húngaro diz que vacinas chinesas e russas farão do país líder na imunização

26 de Fevereiro 2021

A utilização de vacinas chinesas e russas, e não apenas as aprovadas pela União Europeia, fará com que a Hungria seja em abril o país comunitário líder da imunização, prometeu hoje o primeiro-ministro, Viktor Orban.

“No domingo de Páscoa (4 de abril) todos os que se tenham inscrito terão recebido pelo menos a primeira dose da vacina e, na Europa, a Hungria terá a maior taxa de vacinação”, declarou o governante ultranacionalista na rádio pública Kossuth.

Segundo essa estimativa e o número de pessoas que pediram para ser vacinadas, a Hungria terá imunizado nessa data com pelo menos uma dose quase 27% da população, a partir dos atuais 7,4%.

No início da semana a Hungria aparecia como o nono país da UE em relação à taxa de vacinação, acima dos 6,4% da média europeia, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Na cimeira de líderes do bloco que começou na quinta-feira e é dedicada ao processo de vacinação, Orban reduziu o seu tom crítico em relação a Bruxelas e afirmou que apoia a Comissão Europeia na sua estratégia de imunização.

“A Comissão negociou bem ao querer obter vacinas mais baratas”, disse Orban, que insistiu esta sexta-feira que a Hungria decidiu usar as vacinas russa Sputnik V e chinesa Sinopharm porque “não pode esperar” que cheguem as vacinas autorizadas por Bruxelas.

A disseminação da Covid-19 acelerou na Hungria nos últimos dias, tendo o país registado 4.668 casos e 123 mortos nas últimas 24 horas. Os especialistas preveem um aumento “dramático” nas próximas semanas.

Orban adiantou, a propósito, que serão aplicadas novas restrições para vigiar para fora da União e evitar a entrada de novas estirpes do coronavírus.

Na quinta-feira, o governo húngaro tinha anunciado que as restrições serão mantidas pelo menos até 15 de março.

A pandemia de Covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 2,4 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço da agência France Presse.

LUSA/HN

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