UE disponibiliza 3,2 milhões de euros para ajudar a Guiné-Conacri no combate ao Ébola

4 de Março 2021

A União Europeia (UE) vai mobilizar 3,2 milhões de euros para ajudar a Guiné-Conacri e apoiar as “ações de resposta imediata” face ao surto de Ébola no país, anunciou esta quinta-feira a Comissão Europeia.

“O apoio da UE concentra-se na ajuda a dar aos pacientes, ao pessoal de saúde e às comunidades afetadas pela doença do vírus do Ébola na Guiné-Conacri, enquanto nos coordenamos com os atores envolvidos. O nosso objetivo é fornecer a assistência mais rápida e mais adaptada às necessidades”, reagiu o comissário para a Gestão das Crises, Janez Lenarcic, em comunicado.

Segundo o executivo comunitário, as verbas visarão o “epicentro da crise” de Ébola na Guiné-Conacri e servirão para “levar a cabo ações de assistência aos pacientes, prevenção e vigilância de casos”, mas também “atividades de comunicação, sensibilização e apoio à coordenação”.

Aos 3,2 milhões de euros hoje anunciados, a Comissão Europeia informa que já foi ativado o Mecanismo de Proteção Civil da UE para a Guiné-Conacri, tendo a França, neste âmbito, disponibilizado 500 ‘kits’ de proteção contra o Ébola.

Em comunicado, a comissária para as Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, sublinhou que, “enquanto parceiro da Guiné-Conacri”, é “importante” que a UE “apoie a resposta imediata para travar o vírus do Ébola”.

“A nossa ajuda irá também contribuir para fortalecer o sistema de saúde a longo prazo, incluindo na vigilância epidemiológica e nas capacidades de preparação e de resposta a futuras epidemias”, lê-se no comunicado da comissária.

Até dia 02 de março, tinham-se registado 17 casos de Ébola, incluindo sete mortes, na Guiné-Conacri.

O país, que enfrenta o primeiro surto de Ébola em cinco anos, tem no terreno uma campanha de vacinação, tendo sido já imunizadas mais de 1.000 pessoas, entre doentes, contactos e seus contactos.

O Governo guineense confirmou a deteção do Ébola no seu território em 13 de fevereiro e no dia seguinte declarou oficialmente o primeiro surto no país após a grande epidemia de 2014 e 2016 na África Ocidental.

Aquela que foi a pior epidemia de Ébola da história surgiu neste país em finais de 2013, foi declarada em 2014 e prolongou-se até 2016, matando 11.300 pessoas e infetando mais de 28.500 na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.

Lusa/HN

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