LPCE debate avanços e obstáculos na área a epilepsia

9 de Março 2021

O 33º eENE – Congresso da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia que decorre entre dia 12 e 13 de março irão ser abordados temas como: neurorrecetores, genética, terapêutica médica e cirúrgica, inteligência artificial e neuroimagem. A iniciativa visa promover o debate sobre os principais avanços nos últimos dez anos “numa patologia que conta com várias barreiras por desconstruir”.

De acordo com a presidente da LPCE, Manuela Santos, “a epilepsia é uma doença neurológica crónica caracterizada pela existência de crises epiléticas recorrentes, não provocadas. Uma doença que ainda causa grande insegurança nos doentes, familiares e conhecidos, muito provavelmente relacionada com os casos mais graves. Isto é, a persistência de crises não controladas e de forma continuada pode criar lesões a longo prazo e, as descargas constantes, impedem o cérebro de se desenvolver normalmente, tornando-se irreversíveis se não forem tratadas atempadamente.”

“Uma abordagem aos avanços nos últimos dez anos permite uma avaliação de quais as barreiras que ainda precisamos de desconstruir com esta patologia, melhorando o seu tratamento”, acrescenta.

Para explorar os avanços e os caminhos ainda a percorrer na área da epilepsia, o programa arranca com o conhecimento que os últimos dez anos nos trouxeram sobre os neurorrecetores e sobre o papel da genética. Posteriormente, decorrem sessões que focam a evolução da terapêutica médica e abordagem cirúrgica dos doentes com epilepsia refratária.

Francisco Sales, neurologista e coordenador da comissão organizadora do 33ºENE revela que a nível nacional existem  50 a 70 mil doentes com o diagnóstico de epilepsia. “Destes, cerca de um terço serão refratários aos tratamentos médicos, ou seja, a doença não fica controlada mesmo com o melhor tratamento medicamentoso possível.  Uma parte dos doentes com epilepsia refratária, têm uma epilepsia passível de ser tratada cirurgicamente, o que torna fundamental um diagnóstico precoce e avaliação prévia do tipo de epilepsia para conseguirmos controlar o maior número possível de crises, causando o mínimo de efeitos indesejáveis. Uma abordagem que passa por um crescimento contínuo de conhecimento dos principais pilares desta patologia”

Já no segundo dia, vão ser exploradas as redes europeias (EpiCare), com uma overview ao presente e futuro, a evolução organizacional de redes colaborativas nacionais e internacionais na área da epilepsia, os avanços em inteligência artificial e processamento de sinal e na neuroimagem. O dia termina com o encerramento e entrega de prémios/bolsa da LPCE.

Mais informação sobre o programa disponível Aqui.

PR/HN/Vaishaly Camões

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