Agência Europeia do Medicamento aprova vacina da Johnson&Johnson

11 de Março 2021

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) aprovou esta quinta-feira a vacina Janssen da Covid-19, produzida pela farmacêutica Johnson&Johnson, considerando-a "segura e eficaz".

“A EMA acabou de recomendar que seja dada uma autorização condicional de introdução no mercado à vacina da Janssen contra a covid-19 para pessoas maiores de 18 anos”, anunciou a agência na sua conta na rede social Twitter.

Esta é a quarta vacina aprovada na UE, faltando agora a luz verde da Comissão Europeia para que entre no mercado.

O executivo comunitário, por seu lado, já reagiu adiantando, na mesma rede social, que deverá conceder rapidamente uma autorização condicional de introdução no mercado à vacina da Janssen contra a Covid-19 para pessoas maiores de 18 anos.

Está previsto que Portugal receba 4,5 milhões de doses este ano da vacina desenvolvida pela Janssen, farmacêutica que é a subsidiária europeia da Johnson & Johnson.

Segundo um comunicado do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), esta vacina “é composta por um vetor viral, baseado em adenovírus que foi modificado, de forma a conter o gene responsável pela produção da proteína ‘spike’, uma proteína do vírus SARS-CoV-2, necessária para entrar nas células do corpo”.

“A vacina da Janssen não contém o próprio vírus e não pode causar covid-19”, sublinha o Infarmed, entidade responsável pela introdução de medicamentos em Portugal.

Ao contrário das outras três vacinas da Covid-19 que já estão a ser administradas, a da Johnson & Johnson é de toma única e exige uma menor capacidade de frio para o seu transporte e armazenamento.

No âmbito do compromisso da farmacêutica com a Comissão Europeia, está previsto que Portugal receba, ao longo do segundo trimestre, os primeiros 1,25 milhões de vacinas da Janssen que fazem parte de um lote de 4,5 milhões que o país deverá ter disponíveis ao longo deste ano.

Até ao momento, a EMA deu `luz verde’ a três vacinas contra o vírus SARS-CoV-2: a da Pfizer/BioNTech (também conhecida como Comirnaty), em 21 de dezembro de 2020, a da Moderna, em 06 de janeiro, e da AstraZeneca, em 29 de janeiro.

A EMA já iniciou também a “análise contínua” da vacina russa contra a Covid-19, a Sputnik V, para determinar a sua conformidade com os requisitos da UE em matéria de eficácia, segurança e qualidade.

Lusa/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

OMS lança nova rede de laboratórios para os coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma nova rede de laboratórios para coordenar as capacidades à escala global de deteção, monitorização e avaliação de coronavírus potencialmente novos ou em circulação com impacto na saúde pública.

Apresentados resultados de medicamento para esclerose múltipla

Numa análise post-hoc, os novos dados revelam evidências de benefícios cognitivos na esclerose múltipla recidivante após o tratamento inicial com MAVENCLAD® (cladribina em comprimidos), com melhoria cognitiva sustentada ou estabilidade observada a dois anos.

Federação da paralisia cerebral sensibiliza novo PM para apoios

A Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) pediu a intervenção do novo primeiro-ministro para um conjunto de reclamações que, em alguns casos, estão inalteradas há uma década, queixando-se da falta de respostas do anterior executivo.

Neurocientista discursa sobre música e drogas psicadélicas como moduladores poderosos da criatividade

O diretor do Centro de Investigação Psicadélica e da Consciência Johns Hopkins nos EUA vai marcar presença no 14º Simpósio “Aquém e Além do Cérebro”, promovido pela Fundação BIAL e que decorre de 3 a 6 de abril na Casa do Médico, no Porto. O neurocientista vai discursar sobre algumas evidências empíricas que sugerem que as drogas psicadélicas podem ser moduladores poderosos da criatividade.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights