Marcelo diz que combinou com Costa não se dirigir ao país por estar a viajar para Roma

12 de Março 2021

O Presidente da República disse esta sexta-feira que combinou com o primeiro-ministro não se dirigir ao país por “ser impossível” fazê-lo depois da divulgação do plano, dado estar em viagem para Roma para uma audiência com o papa.

“O primeiro-ministro falou mais tarde do que a partida do Presidente e, portanto, fazia sentido ser o primeiro-ministro a apresentar o plano em concreto aos portugueses e era impossível ao Presidente estar a intervir depois disso”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Falando aos jornalistas portugueses em Roma, depois de ter sido recebido esta manhã pelo papa Francisco na Cidade do Vaticano, o chefe de Estado recordou que recebeu António Costa “anteontem [quarta-feira] à noite para ver o que iria ser o fundamental do plano a apresentar pelo Governo”.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, “foi nesse encontro que se programou que o Presidente não falasse porque iria partir para Roma antes de o Conselho de Ministros terminar”.

“E depois, já em Roma, tive conhecimento do plano em pormenor”, acrescentou.

“Tive conhecimento apenas em Roma porque tinha a noção geral, […] mas corresponde à mesma preocupação, de abrir até à Páscoa sobretudo a atividade escolar e mais um ou outro ponto específico da atividade social e de ter uma Páscoa confinada – que não é apenas com recolher obrigatório, mas ainda com confinamento – e de fazer uma abertura a partir da Páscoa até maio com passos sucessivos”, precisou.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, mantém-se “esta convergência, […] que vai até ao fim da pandemia em matéria de pandemia e que tem sido muito intensa porque é uma luta de todos”.

“Nós tivemos a reunião com os epidemiologistas e depois o senhor primeiro-ministro foi apresentando os vários passos do diálogo com os especialistas e foi a Belém de propósito na noite de anteontem [quarta-feira] para apresentar e para discutir e trocar impressões sobre as linhas gerais do plano, o calendário, o faseamento das medidas, o sentido das medidas, a sua flexibilidade”, reforçou ainda.

Na quinta-feira à noite, o Governo anunciou que as medidas de desconfinamento que vão vigorar entre 15 de março e 03 de maio, um processo gradual e que será sujeito a apreciação quinzenal em função da avaliação do risco da pandemia de Covid-19.

Considerado pelo primeiro-ministro, António Costa, como um desconfinamento a “conta-gotas”, o plano apresentado após reunião do Conselho de Ministros mantém o dever geral de confinamento até à Páscoa.

As medidas da reabertura hoje anunciadas serão revistas sempre que Portugal ultrapassar os “120 novos casos [de infeção] por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 ultrapasse o 1, referiu o chefe de Governo.

Este plano de desconfinamento do país foi apresentado no dia em que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou, pela décima terceira vez, a renovação do estado de emergência por mais quinze dias, até 31 de março, para permitir medidas de contenção da Covid-19.

LUSA/HN

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