Novo centro de saúde de Alcântara em Lisboa concluído dentro de 15 meses

26 de Março 2021

 A construção do novo centro de saúde de Alcântara, em Lisboa, arrancou esta sexta-feira, num investimento de 2,9 milhões de euros, e deverá estar concluída em pouco mais de um ano.

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), e a ministra da Saúde, Marta Temido, marcaram hoje presença na cerimónia de lançamento da primeira pedra da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Alcântara, um equipamento que, de acordo com o município, servirá 15.200 utentes.

“A renovação das Unidades de Saúde Familiar da cidade Lisboa era, sem dúvida, algo que a população merecia. Que acabássemos com os centros de saúde em prédios de habitação, muitas vezes mal servidos, com dificuldades de acesso”, salientou Fernando Medina.

O presidente da autarquia sublinhou que “esses centros de saúde estão a acabar e estão a dar origem a modernas Unidades de Saúde Familiar, bem equipadas, amplas, com muito mais valências que os antigos centros de saúde”.

A nova USF de Alcântara, situada junto ao Museu da Carris, “vai dispor de gabinetes de consulta médica, de enfermagem, salas de tratamento, sala de exames; sala de saúde oral, e serviços de apoio psicólogo e serviço social, terapia da fala e nutrição”, indica a câmara em nota de imprensa.

Este centro de saúde faz parte “de um conjunto de nove, que já estão concluídos ou em obra, no número total de 14 centros”, referiu ainda Fernando Medina.

A Câmara de Lisboa e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo assinaram protocolos em 2017 para a construção ou requalificação de 14 centros de saúde, no âmbito do programa ‘Lisboa, SNS Mais Próximo’, que representa um “investimento global de cerca de 40 milhões de euros”.

Inicialmente estava previsto que estes equipamentos substituíssem, até 2020, centros de saúde em prédios de habitação frequentados por mais 300 mil utentes.

Em fevereiro do ano passado, o presidente da autarquia estimou que “no final de 2021, início de 2022”, o processo esteja concluído e a capital disponha de “centros de saúde com mais valências do que aquelas que hoje normalmente um centro de saúde tem na cidade de Lisboa”.

Apesar dos atrasos, Fernando Medina defendeu hoje que o programa está “em franco desenvolvimento” e “a um ritmo bastante bom”.

A ministra da Saúde destacou, por seu turno, que os “últimos meses têm sido muito difíceis para os serviços de saúde” e que “todo o mundo percebeu a importância da saúde” no desenvolvimento da vida quotidiana.

Marta Temido ressalvou, porém, que o lançamento da primeira pedra da USF de Alcântara “não é fruto apenas de uma atenção que apareceu agora”.

“É resultado de uma visão, de uma estratégia para o país e para a cidade de Lisboa”, defendeu.

O chefe do executivo municipal e a ministra da Saúde visitaram ainda as obras dos centros de saúde do Alto dos Moinhos e da Alta de Lisboa, iniciadas no ano passado e que, segundo Medina, estão “em fase muito adiantada de conclusão”.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

APEF e Ordem dos Farmacêuticos apresentam Livro Branco da formação

A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) promove a 22 de novembro, em Lisboa, o Fórum do Ensino Farmacêutico. O ponto alto do evento será o lançamento oficial do Livro Branco do Ensino Farmacêutico, um documento estratégico que resulta de um amplo trabalho colaborativo e que traça um novo rumo para a formação na área. O debate reunirá figuras de topo do setor.

Convenções de Medicina Geral e Familiar: APMF prevê fracasso à imagem das USF Tipo C

A Associação Portuguesa de Médicos de Família Independentes considera que as convenções para Medicina Geral e Familiar, cujas condições foram divulgadas pela ACSS, estão condenadas ao insucesso. Num comunicado, a APMF aponta remunerações insuficientes, obrigações excessivas e a replicação do mesmo modelo financeiro que levou ao falhanço das USF Tipo C. A associação alerta que a medida, parte da promessa eleitoral de garantir médico de família a todos os cidadãos até final de 2025, se revelará irrealizável, deixando um milhão e meio de utentes sem a resposta necessária.

II Conferência RALS: Inês Morais Vilaça defende que “os projetos não são nossos” e apela a esforços conjuntos

No segundo dia da II Conferência de Literacia em Saúde, organizada pela Rede Académica de Literacia em Saúde (RALS) em Viana do Castelo, Inês Morais Vilaça, da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, sublinhou a necessidade de unir sinergias e evitar repetições, defendendo que a sustentabilidade dos projetos passa pela sua capacidade de replicação.

Bragança acolhe fórum regional dos Estados Gerais da Bioética organizado pela Ordem dos Farmacêuticos

A Ordem dos Farmacêuticos organiza esta terça-feira, 11 de novembro, em Bragança, um fórum regional no âmbito dos Estados Gerais da Bioética. A sessão, que decorrerá na ESTIG, contará com a presença do Bastonário Helder Mota Filipe e integra um esforço nacional do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida para reforçar o diálogo com a sociedade e os profissionais, recolhendo contributos para uma eventual revisão do seu regime jurídico e refletindo sobre o seu papel no contexto tecnológico e social contemporâneo.

II Conferência RALS: Daniel Gonçalves defende que “o palco pode ser um bom ponto de partida” para a saúde psicológica

No âmbito do II Encontro da Rede Académica de Literacia em Saúde, realizado em Viana do Castelo, foi apresentado o projeto “Dramaticamente: Saúde Psicológica em Cena”. Desenvolvido com uma turma do 6.º ano num território socialmente vulnerável, a iniciativa recorreu ao teatro para promover competências emocionais e de comunicação. Daniel Gonçalves, responsável pela intervenção, partilhou os contornos de um trabalho que, apesar da sua curta duração, revelou potencial para criar espaços seguros de expressão entre os alunos.

RALS 2025: Rita Rodrigues, “Literacia em saúde não se limita a transmitir informação”

Na II Conferência da Rede Académica de Literacia em Saúde (RALS), em Viana do Castelo, Rita Rodrigues partilhou como o projeto IMPEC+ está a transformar espaços académicos. “A literacia em saúde não se limita a transmitir informação”, afirmou a coordenadora do projeto, defendendo uma abordagem que parte das reais necessidades dos estudantes. Da humanização de corredores à criação de casas de banho sem género, o trabalho apresentado no painel “Ambientes Promotores de Literacia em Saúde” mostrou como pequenas mudanças criam ambientes mais inclusivos e capacitantes.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights