Portugal, União Europeia e Gulbenkian ajudam a formar médicos na Guiné-Bissau

14 de Abril 2021

Um grupo de 30 médicos guineenses começou esta semana a receber formação no âmbito do projeto "Ianda Guiné Saúde" com o apoio de Portugal, União Europeia e Fundação Calouste Gulbenkian, para fortalecer o sistema de saúde da Guiné-Bissau.

“Esta formação constitui, sem dúvida, um contributo importante para a formação dos recursos humanos guineenses, especificamente, dos médicos, dado que irá permitir-lhes adquirir conhecimentos específicos em áreas onde ainda não existem especialistas na República da Guiné-Bissau”, disse hoje à Lusa o embaixador de Portugal, José Caroço.

O objetivo da formação é criar especialistas nas áreas da cirurgia e cirurgia ginecológica e anestesiologia.

“A cirurgia e cirurgia ginecológica e anestesiologia são algumas das áreas consideradas prioritárias para a República da Guiné-Bissau e, por esse motivo, incluídas na formação”, que começou segunda-feira, disse o embaixador de Portugal.

A formação arrancou com um curso de proficiência de língua portuguesa, adaptação às tecnologias de informação e formação teórica em medicina cirúrgica.

Após esta formação inicial, 18 médicos serão escolhidos para continuar a formação teórica e prática realizada por médicos guineenses e tutores guineenses nas especialidades indicadas por um período de dois anos, estando incluído um estágio em Portugal.

O projeto “Ianda Guiné Saúde” é financiado pela União Europeia e cofinanciado e implementado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e cofinanciado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

“O projeto Ianda Saúde Guiné, do qual a formação médica avançada é uma pedra angular, pretende atingir um objetivo muito ambicioso, que é o de fortalecer a governação do sistema nacional de saúde e melhorar a qualidade e a quantidade dos seus profissionais”, explicou a embaixadora da União Europeia na Guiné-Bissau, Sónia Neto.

O projeto “Ianda Saúde Guiné” contempla também um curso de gestão de unidades de cuidados para chefias de enfermagem hospitalar e um curso de especialização em saúde pública dirigido a médicos guineenses.

Além dos tradicionais parceiros guineenses do setor da saúde, em Portugal apoiam também o projeto o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, a Escola de Medicina da Universidade do Minhós, os hospitais de Braga, Guimarães e Viana do Castelo, bem como a Ordem dos Médicos.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Greve dos pilotos de helicópteros do INEM regista 83% de adesão

A greve dos pilotos de helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) registou 83% de adesão disse hoje o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), sublinhando que os serviços mínimos decretados não foram plenamente cumpridos.

Cabo Verde quer comunidades a liderar luta contra a Sida

Cabo Verde quer reforçar a prevenção, diagnóstico, comunicação e informação e ter as comunidades a liderar a luta contra o VIH-Sida, cuja taxa de prevalência mantêm-se nos 0,6%, com média de 400 casos anuais, disseram hoje fontes oficiais

Lançado hoje 1º episódio da série documental: “SIDA 4.0 Os anos do medo, da discriminação, do estigma e da inovação

Temas como o Aparecimento do Vírus, o Estigma e a Discriminação; O Peso das Drogas na Sociedade Portuguesa; VIH-2 e a Cooperação com os PALOP; PrEP – A Revolução na Prevenção e Para Quando a Cura, vão ser analisados por diferentes intervenientes, tendo em atenção os 40 anos sobre a infeção VIH e a Sida e das mudanças que ela trouxe à sociedade em geral e aos portugueses em particular.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights