Hospital da Guarda retoma atividade normal ao nível máximo que conseguiu

19 de Abril 2021

O Hospital Sousa Martins da Guarda registou uma diminuição de doentes internados por Covid-19 e retomou a atividade normal ao máximo que conseguiu, anunciou esta segunda-feira a Unidade Local de Saúde (ULS).

Segundo a ULS da Guarda, no hospital local estão atualmente internados nove doentes com Covid-19: cinco em enfermaria e quatro em cuidados intensivos.

“Chegámos a ter 104 camas, fomos reduzindo progressivamente o número de camas e ficámos ainda com 22, o que ainda nos dá uma margem importante. Não sabemos o que é que aí vem”, disse hoje à agência Lusa Paula Neves, coordenadora do internamento de covid.

Segundo a médica, o número de camas para doentes com Covid-19 foi reduzido, mas “sempre com margem e com possibilidade de voltar a aumentar o número de camas, sempre que for necessário”.

A unidade de saúde da cidade mais alta do país também foi “reduzindo em termos do número de equipa médica e de enfermagem exclusivamente dedicada a internamento covid e todo o resto de atividade foi-se retomando o máximo que se conseguiu”, contou Paula Neves à margem da inauguração da nova Unidade de Hospitalização Domiciliária da ULS da Guarda.

A diretora clínica da ULS, Fátima Cabral, esclareceu que as consultas externas do Hospital Sousa Martins “já estão a funcionar quase em pleno”.

As consultas funcionam “com as devidas contingências de cumprir as regras da Direção-Geral da Saúde” e “com possibilidade de fazer consultas aos sábados e em várias áreas” para recuperar as listas que estão em atraso devido à pandemia.

Ao nível da atividade cirúrgica, a responsável adiantou que “sempre que seja possível, os serviços estão preparados para fazerem essa retoma e recuperarem os doentes que estão ainda em atraso”.

Questionada sobre a data prevista para o regresso à normalidade no Hospital Sousa Martins, Fátima Cabral respondeu que ainda será preciso esperar, “no mínimo dos mínimos, uns quinze dias”.

“Nós não podemos avançar rápido demais, porque não podemos estar constantemente a mudar serviços. Temos que pensar sempre que não podemos avançar depressa demais”, justificou.

A ULS da Guarda (que abrange 13 concelhos do distrito da Guarda, exceto o de Aguiar da Beira, que pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde do Dão – Lafões) gere os hospitais da Guarda (Sousa Martins) e de Seia (Nossa Senhora da Assunção), e também 12 centros de saúde e duas unidades de saúde familiar (A Ribeirinha, na cidade da Guarda e a “Mimar Mêda”, na cidade de Mêda), abrangendo cerca de 142 mil habitantes.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.020.765 mortos no mundo, resultantes de mais de 141,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.946 pessoas dos 831.221 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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