Câmara de Cascais lança projeto de teleconsultas gratuitas para os munícipes

20 de Abril 2021

A Câmara de Cascais lançou esta terça-feira um serviço de saúde gratuito em regime de teleconsulta, que prevê também a entrega de medicamentos à porta a todos os munícipes detentores do cartão "Viver Cascais".

As teleconsultas da especialidade de medicina geral e familiar terão uma duração máxima de 30 minutos e estarão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias do ano.

Já as teleconsultas de pediatria poderão estender-se por um período máximo de três horas, nos dias úteis, entre as 16:00 e as 21:00.

Ambos os serviços serão totalmente gratuitos e haverá ainda a disponibilização de um médico ao domicílio para os detentores do cartão “Viver Cascais”, este já com um custo de 25 euros e que inclui também a entrega gratuita de medicamentos em casa e o transporte em ambulância, desde que determinado pelo médico no momento da consulta.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), considerou que este é um passo “revolucionário” na saúde em Portugal.

“Hoje lançámos o primeiro vetor deste projeto, mas que é mais vasto e visa a indução da prática de uma vida saudável e de envelhecimento ativo. Arrancámos em primeiro lugar com esta área vocacionada para a saúde porque sabemos que, devido à pandemia [de covid-19], o SNS [Serviço Nacional de Saúde] se direcionou muito para os ‘doentes covid’, mas faltaram recursos para os outros, com outras patologias”, explicou Carlos Carreiras.

O autarca adiantou ainda que, para além das teleconsultas, os munícipes poderão ter acesso ao projeto piloto de uma ‘cabine consultório’, também ela destinada a teleconsulta, mas já equipada com aparelhos de diagnóstico, assim como a consultas presenciais, essencialmente destinadas aos cidadãos que não têm médico de família atribuído.

Quanto ao futuro deste projeto, o presidente da Câmara de Cascais, que é candidato a novo mandato nas eleições autárquicas que se irão realizar no outono, garantiu que o trabalho começou antes de pensar na recandidatura e defendeu que deverá continuar, “seja quem for o próximo presidente”.

LUSA/HN

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