Casos de infeção no mundo superam os 143 milhões

22 de Abril 2021

A pandemia do novo coronavírus superou os 143 milhões de casos de infeção a nível mundial, com o registo de mais de 879 mil novos contágios nas últimas 24 horas, indicou esta quinta-feira o balanço da France-Presse (AFP).

No total, e desde que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi identificado na China em dezembro de 2019, mais de 143.807.560 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em todo o mundo.

Desde o início da crise sanitária, a doença Covid-19 já provocou pelo menos 3.060.859 vítimas mortais no mundo, de acordo com o mesmo balanço da agência noticiosa francesa.

Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 14.428 óbitos e 879.856 novos casos da doença Covid-19 em todo o mundo.

Estes números apontam um crescimento em relação aos indicadores diários mundiais divulgados na quarta-feira pela AFP (relativos a terça-feira), que davam conta de 14.019 mortes e 787.411 novos casos de infeção.

A agência noticiosa francesa esclarece que estes números estão fundamentados nos balanços fornecidos diariamente pelas autoridades sanitárias de cada país e excluem as revisões realizadas posteriormente por organismos de estatística, como ocorre na Rússia, Espanha e no Reino Unido.

A grande maioria dos pacientes recupera da doença provocada pelo SARS-CoV-2, mas uma parte destas pessoas (grupo que ainda necessita de uma investigação mais aprofundada) ainda relatam sentir alguns sintomas associados durante semanas ou mesmo até meses, segundo a AFP.

Os países que registaram mais mortes nas últimas 24 horas foram, e de acordo com os respetivos balanços nacionais, o Brasil com 3.472 óbitos, a Índia (2.104) e os Estados Unidos da América (945).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 569.404 mortes entre 31.862.401 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, a lista dos países mais afetados em termos globais mantém-se sem alterações: Brasil com 381.475 mortos e 14.122.795 casos, México com 213.597 mortos (2.315.811 casos), Índia com 184.657 mortos (15.930.965 casos) e o Reino Unido com 127.327 mortos (4.395.703 casos).

Ainda entre os países mais afetados, e segundo a análise da AFP, a República Checa é atualmente aquele que conta com mais mortos em relação à sua população, com 269 óbitos por cada 100.000 habitantes, seguido por outros quatro países também europeus e que superam igualmente a fasquia das duas centenas de mortes: Hungria (267), Bósnia (246), Montenegro (230) e Bulgária (223).

Por regiões do mundo, a Europa totalizava até hoje às 10:00 TMG (11:00 em Lisboa) 1.038.206 mortes em 48.768.306 casos de infeção confirmados, a América Latina e as Caraíbas 878.642 mortes (27.622.371 casos), os Estados Unidos e o Canadá 593.155 mortes (33.006.888 casos), a Ásia 305.994 mortes (22.441.419 casos), o Médio Oriente 124.928 mortes (7.465.208 casos), a África 118.897 mortes (4.461.052 casos) e a Oceânia 1.037 mortes (42.320 casos).

Desde o início da pandemia, o número de testes de diagnóstico realizados aumentou significativamente e as técnicas de despistagem e rastreio melhoraram, levando a um aumento das infeções registadas e comunicadas.

No entanto, de acordo com a AFP, o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do real número total de infeções, com uma proporção significativa de casos menos graves ou assintomáticos a não serem recenseados.

Este balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Devido a correções feitas pelas autoridades ou a notificações tardias, o aumento dos números diários pode não corresponder exatamente aos dados publicados no dia anterior, segundo referiu a AFP.

LUSA/HN

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