Brasil recomenda suspensão da vacinação com AstraZeneca em grávidas

11 de Maio 2021

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador de medicamentos no Brasil, pediu na madrugada de hoje a suspensão da aplicação da vacina da AstraZeneca em mulheres grávidas.

Num comunicado, a agência frisou que a orientação “é que a indicação da bula da vacina da AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Esta recomendação é resultado da monitorização de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas contra a covid-19 em uso no país”.

“O uso ‘off label’ de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra covid-19 da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”, acrescentou a Anvisa.

Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, o Ministério da Saúde do Brasil está a investigar o caso de uma gestante que morreu no Rio de Janeiro após ter sido imunizada com a vacina AstraZeneca.

Em nota enviada ao jornal, o ministério confirmou que “foi notificado pelas secretarias de Saúde Municipal e Estadual do Rio de Janeiro e investiga o caso”, destacou que “a ocorrência de eventos adversos é extremamente rara” e acrescentou que “reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades”.

Os estados brasileiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso informaram que já paralisaram a vacinação de mulheres grávidas.

Em março, o Governo brasileiro incluiu mulheres grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto) com comorbidades no grupo prioritário para receber vacinas contra a Covid-19 em devido ao aumento de mortes causadas pela doença nesta parcela da população.

Em abril, a inclusão foi estendida a todas as mulheres grávidas.

Entre janeiro e abril de 2021, 433 gestantes ou puérperas perderam as suas vidas infetadas por Covid-19 no Brasil, número muito elevado quando comparado aos 546 óbitos registados nestes grupos em todo o ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde brasileiro.

O Brasil registou um total de 423.229 óbitos e 15.209.990 infeções desde o início da pandemia de Covid-19.

LUSA/HN

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