Governo afirma que autoagendamento acima de 50 anos é “questão de dias”

24 de Maio 2021

O secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, assumiu esta segunda -feira que o alargamento do autoagendamento da vacinação contra a Covid-19 para pessoas a partir dos 50 anos é uma “questão de dias” e vai ocorrer “muito em breve”.

“Não tenho ainda uma data específica. Acho possível [que seja ainda esta semana], mas, se não for, é uma questão de dias. Parece-me bastante evidente, até porque a vacinação está a decorrer a um ritmo bastante acelerado. Não há nenhuma razão para que esse ritmo desacelere a partir de agora, embora exista alguma prevalência de segundas doses que diminui a capacidade de primeiras doses”, disse.

Neste momento, o sistema de autoagendamento para a vacinação contempla apenas pessoas acima dos 55 anos, depois de ter sido inicialmente concebido para utentes com mais de 65 anos e posteriormente alargado à população acima de 60 anos.

Em declarações prestadas à comunicação social depois de uma visita ao hospital de Vila Franca de Xira, onde assinalou a transição da gestão clínica privada para o Estado, que será efetiva a partir de 01 de junho, o governante destacou também que a vacinação das pessoas que contraíram anteriormente a doença “já tem ocorrido nas últimas semanas”.

Com o aumento do número de casos nas últimas duas semanas em Lisboa e Vale do Tejo, Diogo Serras Lopes foi ainda questionado se uma eventual vacinação de faixas etárias mais jovens nesta região poderia ser uma solução em paralelo com o reforço da capacidade de testagem já anunciado para os próximos dias e à semelhança do que já se verificou noutras regiões do país, como no Algarve, onde a população é mais jovem.

“Vamos ver. Neste momento, temos já mais de 90% da população acima de 60 anos vacinada e acima de 50 anos estamos relativamente perto de atingir os 80%, se é que já não atingimos. A população que tem mais prevalência de doença grave ou óbito já está com um grau de proteção bastante elevado. Não sei se faz sentido fazer uma vacinação específica para uma população mais jovem em Lisboa, mas, se fizer sentido, será obviamente uma coisa que consideraremos”, asseverou.

Em Portugal, morreram 17.018 pessoas dos 845.465 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

LUSA/HN

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