Joana Luciano Enfermeira, Gestora de Projetos & Serviços Holon

A Influência do Confinamento na Doença Venosa Crónica

05/25/2021

A Doença Venosa Crónica atinge cerca de 1 em cada 3 pessoas em Portugal. As mulheres com idade superior a 30 anos são o grupo mais afetado, sendo que, aproximadamente, 7 em cada 10 sofre de problemas de circulação venosa. Os fatores de risco apontados como os mais comuns são a idade, o sexo, a hereditariedade, a obesidade, a gravidez, o uso de anticoncecionais orais, estilos de vida pouco saudáveis, tabagismo, postura no trabalho e tempo de profissão. Existem fatores que não conseguimos controlar, como a idade ou a hereditariedade. Mas podemos focar-nos naqueles que controlamos, como a adoção de um estilo de vida mais saudável e praticar mais atividade física, de forma a minimizar ou diminuir o aparecimento desta doença.

Desde o confinamento que a população está mais horas em casa, nomeadamente sentada, seja por questões laborais ou de lazer. Por outro lado, a situação pandémica também nos afetou, psicologicamente, e diminuiu a motivação para nos exercitarmos ou até mesmo para a realização de tarefas domésticas. No entanto, não é apenas o tempo que estamos sentados que pode favorecer o aparecimento problemas de circulação. Algumas profissões em que as pessoas ficam muito tempo em pé também representam um fator de risco para o desenvolvimento desta doença. Os profissionais de saúde – médicos, enfermeiros e assistentes operacionais – são um bom exemplo.

Assim, o confinamento poderá contribuir para o aumento da pressão venosa, o que pode significar um aumento do número de casos de Doença Venosa. A quebra de um padrão sedentário, a prática de atividade física regular e a ergonomia no trabalho são fatores chave para a prevenção deste problema. Contudo, são muitas vezes ignorados e descurados pela maioria da população.

A utilização de meias de descanso adequadas e a alternância, ao longo do dia, entre as posições sentada e em pé são importantes aliados na prevenção desta patologia.

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