Marcelo considera que exigência de testes por Espanha foi “erro técnico”

8 de Junho 2021

O Presidente da República português qualificou esta terça-feira de “erro técnico” o pedido de Espanha de prova de vacinação contra a Covid-19 ou teste negativo nas fronteiras terrestres com Portugal, norma entretanto corrigida, e afastou qualquer “problema diplomático”.

“É isso mesmo, era um erro, um erro técnico. Ainda ontem à noite [segunda-feira], primeiro o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, depois o senhor primeiro-ministro, me preveniram que as autoridades espanholas já tinham esclarecido que hoje pela manhãzinha iriam dizer que era uma retificação”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado declarou que “não houve problema nenhum diplomático, houve apenas um lapso técnico”.

“Foi uma retificação que foi feita, ainda bem. Começámos o dia de hoje com uma boa notícia. Acontece, lapsos técnicos aconteceram-nos a nós na gestão da pandemia”, referiu, em declarações difundidas pela RTP e SIC.

Questionado sobre se manteve algum contacto com Espanha, respondeu: “As autoridades portuguesas executivas falaram com as autoridades espanholas e ficou logo tudo claro, que não passava tudo de um equívoco”.

Marcelo Rebelo de Sousa foi ainda questionado se esperava que o mesmo se passasse com o Reino Unido, que retirou Portugal da sua chamada “lista verde” de turismo, e replicou: “Cada coisa a seu tempo, hoje estamos a falar de Espanha”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou hoje que Espanha vai corrigir a norma que obrigava a apresentação de prova de vacinação contra a Covid-19 ou teste negativo nas fronteiras terrestres com Portugal.

“Tivemos contactos muito intensos a todos os níveis com o governo espanhol durante a tarde e a noite de ontem [segunda-feira] e ainda durante a noite de ontem recebemos a confirmação por parte das autoridades espanholas que, de facto, se tratava de um lapso que iria ser corrigido hoje e, portanto, é isso que vai acontecer”, disse Augusto Santos Silva à agência Lusa.

O governante explicou que se tratou de uma resolução de um serviço técnico da Direção-Geral de Saúde de Espanha que “não teve em conta, involuntariamente, o facto de a gestão de uma fronteira não ser apenas responsabilidade das autoridades sanitárias, mas também das autoridades políticas e administrativas, designadamente dos ministérios da Administração Interna respetivos”.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

ULS de Braga certifica mais 35 profissionais no âmbito do Programa Qualifica AP

A Unidade Local de Saúde de Braga (ULS de Braga) finalizou, esta semana, o processo de certificação de mais 35 profissionais, no âmbito do Programa Qualifica AP, uma iniciativa desenvolvida em parceria com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), através do Centro Qualifica AP.

PCP apresenta medidas para “inverter a degradação” do SNS

O PCP apresentou esta sexta-feira algumas medidas urgentes para “inverter a degradação” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), criticando as “políticas de vários governos” de PS, PSD e CDS, que abriram “caminho para a destruição” daquele serviço público.

DE-SNS mantém silêncio perante ultimato da ministra

Após o Jornal Expresso ter noticiado que Ana Paula Martins deu 60 dias à Direção Executiva do SNS (DE-SNS) para entregar um relatório sobre as mudanças em curso, o HealthNews esclareceu junto do Ministério da Saúde algumas dúvidas sobre o despacho emitido esta semana. A Direção Executiva, para já, não faz comentários.

ULS de Braga celebra protocolo com Fundação Infantil Ronald McDonald

A ULS de Braga e a Fundação Infantil Ronald McDonald assinaram ontem um protocolo de colaboração com o objetivo dar início à oferta de Kits de Acolhimento Hospitalar da Fundação Infantil Ronald McDonald aos pais e acompanhantes de crianças internadas nos serviços do Hospital de Braga.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights