No total, o Brasil, com 212 milhões de habitantes é o país lusófono mais afetado pela pandemia, concentra 526.892 óbitos e ultrapassou hoje a barreira dos 18,8 milhões de casos de covid-19 (18.855.015), somados desde fevereiro de 2020, mês em que o primeiro caso foi oficialmente registado em território brasileiro.
A tutela da Saúde dá ainda conta de uma taxa de incidência da doença no país de 251 mortes e 8.972 casos por 100 mil habitantes. Já a taxa de letalidade da covid-19 permanece em 2,8% há várias semanas consecutivas.
O Brasil, que, segundo especialistas, encontra-se a atravessar uma terceira vaga da pandemia, é o segundo país com mais mortes em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos, superado pelos norte-americanos e pela Índia.
Além disso, voltou hoje a ser a nação com maior número de óbitos e de casos de covid-19 em todo o mundo nas últimas 24 horas, de acordo com o painel Worldometer.
A nível nacional, São Paulo continua a ser o foco interno da pandemia, concentrando 3.809.222 diagnósticos positivos de Sars-CoV-2 e 130.389 vítimas mortais.
Das 27 unidades federativas brasileiras, seis já superam um milhão de casos, cada (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Santa Catarina).
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já registou a recuperação de 17,2 milhões de casos de covid-19.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou hoje a inclusão de funcionários bancários e de trabalhadores dos Correios na lista de prioritários na vacinação contra a Covid-19, ressaltando que estas duas categorias profissionais têm um papel essencial para que a economia continue a fluir no país.
De acordo com Queiroga, ambas as categorias elaboraram relatórios sobre o adoecimento de profissionais, que foi submetido ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
Mais de 500 mil bancários serão vacinados contra a doença, segundo dados oficiais.
No anúncio à imprensa, o ministro disse ainda que o Governo tem um cronograma de vacinação “muito bem organizado”.
“Só nos últimos cinco dias nós distribuímos 13,5 milhões de doses de vacinas. Essa narrativa, de que a campanha está atrasada, isso aí já se dissolveu. Veja a narrativa da Copa América, que iria criar um aumento da pandemia. O que aconteceu? A pandemia caiu”, argumentou o ministro.
Contudo, no país sul-americano somam-se os casos de alegadas burlas ao sistema de saúde visando a aplicação de três doses de vacinas contra a covid-19.
Após ter sido noticiado, na semana passada, que pelos menos dois médicos e uma veterinária se aproveitaram do facto de os sistemas informáticos dos postos de saúde não estarem a funcionar para tomar três doses de imunizantes contra a covid-19, o canal televisivo CNN Brasil noticiou hoje que alunos da Universidade Nove de Julho, em São Paulo, aproveitaram-se da rotina médica para burlar o sistema e tomar uma terceira dose do imunizante.
Um dos alunos contou que burlou o sistema porque leu artigos que apontam a eficácia da terceira dose, tendo incentivado os colegas a fazerem o mesmo.
Nesse sentido, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou que investiga as irregularidades. Até ao momento, nenhuma vacina aprovada pelo órgão regulador brasileiro é aplicada em três doses.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.987.613 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France- Presse.
LUSA/HN
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