Universidade do Algarve vai aumentar para 100 as vagas em Medicina

8 de Julho 2021

A Universidade do Algarve vai aumentar o número de vagas para o curso de medicina, sendo a meta alcançar 100 lugares por ano, anunciou esta quarta-feira o ministro da ciência, tecnologia e Ensino Superior.

“Amanhã [esta quinta-feira] à tarde estarei no Algarve a presenciar o acordo único e inédito entre a associação dos municípios do Algarve (Comunidade Intermunicipal do Algarve – AMAL) que se reuniram e vão cofinanciar o alargamento do ensino de medicina”, disse Manuel Heitor, durante a audição parlamentar que ontem decorreu na Comissão de Educação.

Segundo o ministro, “este ano já há 64 estudantes devidamente certificados pela agência de acreditação” e o apoio da AMAL será “particularmente critico para, ao longo dos próximos anos, poder chegar-se às 100 vagas de medicina por ano no Algarve”.

Manuel Heitor recordou que este é um projeto com mais de uma década.

“No Algarve conseguimos retomar, com um esforço inédito dos municípios, aquele que tinha sido um compromisso inicial, há mais de dez anos, quando as vagas de medicina foram fixadas: Começou em 24, passou para 48 e a ideia é alargar para 100”, explicou.

O curso de medicina irá funcionar “em estreita articulação com o Centro Académico Clínico do Algarve”.

No caso do Algarve, Manuel Heitor lembrou que esta é uma questão critica que já se tem notado, por exemplo, na nova infraestrutrura aprovada para Loulé – a instalação do Algarve Biomedical Centre (ABC) – e do crescimento da oferta em tecnologias de saúde em Portimão.

O ABC Loulé Health Research Centre é um polo ligado à investigação, saúde e ciência.

O governante recordou que o aumento de vagas nos cursos de medicina tem sido uma “prioridade” sua.

“Este é um aspeto que na ação política tenho assumido como grande prioridade quer no Algarve quer nos nossos futuros núcleos de potencial desenvolvimento do ensino das áreas biomédicas”, disse.

Novamente este ano, as faculdades de Medicina não vão aumentar as vagas disponíveis, disponibilizando 1.441 lugares no concurso nacional de acesso ao ensino superior.

Apesar de o Governo permitir que os cursos procurados pelos melhores alunos possam crescer até 15%, as escolas médicas têm defendido que não existem condições para receber mais estudantes.

LUSA/HN

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