Vídeo da ONUSIDA: Celebridades pedem que se acabe com as desigualdades e com a SIDA

9 de Julho 2021

A Gilead Sciences e a Tonic App anunciaram o lançamento, na aplicação médica, de conteúdos sobre a infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH).

Vídeo da ONUSIDA: Celebridades pedem que se acabe com as desigualdades e com a SIDA

A Gilead Sciences e a Tonic App anunciaram o lançamento, na aplicação médica, de conteúdos sobre a infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH).

Celebridades e defensores de uma resposta mundial ao VIH são o rosto de uma nova campanha da ONUSIDA que pede aos governos de todo o mundo para acabarem com as desigualdades subjacentes à epidemia de VIH e com a SIDA até 2030.

Quarenta anos após o aparecimento dos primeiros casos de SIDA, um grupo de celebridades e defensores da resposta ao VIH colocou-se diante das câmaras para gravar um novo , que faz parte de uma campanha para lembrar aos líderes mundiais o seu compromisso para acabar com a epidemia de SIDA até 2030. O vídeo, intitulado”A Message to World Leaders on Ending AIDS”, mostra como a epidemia do VIH continua a ser uma emergência de saúde em todo o mundo e muitas pessoas estão a ser deixadas para trás, porque está a ser feito muito pouco para acabar com as desigualdades que impulsionam a epidemia.

Ao lado da diretora executiva da ONUSIDA, Winnie Byanyima, o vídeo conta com personalidades famosas e defensores de longa data do movimento mundial para acabar com o VIH. Entre eles estão Kenneth Cole, Toumani Diabaté, Youri Djorkaeff, David Furnish, Sir Elton John, Princesa Stephanie do Mónaco, Sheryl Lee Ralph, Stéphanie Seydoux, Charlize Theron, Brigitte Touadera, Yousra e outros.

No vídeo, as pessoas são convidadas a participar na campanha, enviando as suas próprias mensagens aos líderes mundiais, através das redes sociais, com a hashtag #EndInequalitiesEndAIDS. Também incentiva a assinatura de uma carta dirigida aos governantes de todo o mundo, na qual se refere o progresso conseguido na resposta ao VIH e se pede que atuem urgentemente no sentido de reduzir as desigualdades, mobilizar recursos e capacitar as comunidades que vivem e são afetadas pelo VIH para, dessa forma, acabar com a epidemia de SIDA de uma vez por todas. A carta também manifesta a preocupação com o impacto da Covid-19 nos serviços de saúde destinados ao tratamento dos doentes com VIH e refere a forma como a pandemia aumentou a vulnerabilidade à infeção entre certos grupos de pessoas, tais como as mulheres e as raparigas, devido à interrupção da escolaridade, o casamento infantil e a violência de género.

A campanha reflete a Estratégia Global contra a SIDA 2021-2026, recentemente adotada pela ONUSIDA: acabar com as desigualdades, acabar com a SIDA, e apoiar os resultados da recente reunião das Nações Unidas sobre SIDA. Nesta reunião, os Estados-membro mostraram o seu forte apoio à Declaração Política sobre VIH/SIDA de 2021: o fim das desigualdades e o objetivo de acabar com a SIDA até 2030, que estabelece novas metas para a prevenção e tratamento do VIH a redução do estigma e da discriminação relacionados com o VIH.

De acordo com a ONUSIDA, “se conseguirmos cumprir essas metas até 2025, o mundo estará novamente no caminho certo para acabar com a SIDA como uma ameaça à saúde pública até 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Se essas metas forem alcançadas, será possível proporcionar serviços de saúde a 95% das pessoas com VIH, reduzir o número anual de novas infeções para menos de 370 mil e reduzir as mortes relacionadas com a SIDA para menos de 250 mil”.

Nas últimas quatro décadas, “testemunhamos um progresso incrível na luta contra o VIH. De facto, o número de pessoas que recebem medicamentos que salvam vidas aumentou drasticamente desde 2010”. Mas a campanha procura chamar a atenção para aqueles que são deixados para trás, tais como as mulheres e as raparigas, gays e outros homens que fazem sexo com homens, trabalhadores sexuais, pessoas trans e consumidores de drogas. Um relatório da ONUSIDA, recentemente divulgado – “Global commitmments, local action”, mostra que 10,2 milhões dos 37,6 milhões de pessoas que vivem com VIH em todo o mundo, ainda estão à espera de tratamento. Só no ano passado, 690 mil pessoas morreram de doenças relacionadas com a SIDA e houve 1,5 milhão de novas infeções pelo VIH em todo o mundo. O vídeo foi lançado durante a 48ª reunião do “coordinating board” da ONUSIDA. Encontra-se disponível, bem como a carta dirigida aos líderes mundiais, em endinqualityitiesendaids.unaids.org.

Depoimentos:

“Precisamos que os governos façam a sua parte, precisamos que as comunidades se mobilizem e organizem, precisamos que a sociedade civil defenda…Aqueles que entendem a necessidade da solidariedade global, aqueles cujo coração lhes diz que o correto é cuidar da Humanidade, devem organizar-se e ganhar o debate público.”
Winnie Byanyima, diretora executiva da ONUSIDA.

“O estigma associado [à SIDA] era possivelmente pior do que a própria doença… Se trabalharmos juntos para alcançar estes objetivos comuns [relativos à prevenção e tratamento do VIH], e se os tornarmos realidade até 2025, o mundo recuperará o caminho para acabar com a SIDA como uma ameaça à saúde pública até 2030.”
Kenneth Cole, designer, ativista e embaixador internacional da Boa Vontade da ONUSIDA

“É importante continuar esta lutar e redobrar os nossos esforços. É urgente”.
Toumani Diabaté, músico e embaixador internacional da Boa Vontade da ONUSIDA.

“O vírus não desapareceu. O acesso à prevenção, tratamento e aos cuidados de saúde, continua a ser a grande prioridade”.
Youri Djorkaeff, diretor executivo, FIFA Foundation.

“Há pessoas que se sentem marginalizadas e isoladas da sociedade…É aí onde o VIH tende a entrar e entranhar-se mais.[Precisamos de] garantir que todo aquele que estiver em risco de contrair o VIH se sinta seguro, amado e tenha acesso aos exames e ao tratamento que necessita”.
David Furnish, presidente da “Elton John AIDS Foundation”

“Na Indonésia, houve crianças que foram expulsas das suas escolas quando os professores e os pais descobriram que eram seropositivas”.
Atiqah Hasiholan, atriz, modelo y embaixadora de Boa Vontade da ONUSIDA para a Indonésia.

“Avançámos muito no âmbito da medicina e da ciência mas ainda nos falta um longo caminho a percorrer. [Acabar com a SIDA] é um sonho possível de alcançar mas o que temos que fazer é acabar com o estigma. Devemos continuar a dar esperança às pessoas de todo o mundo, sabendo que a SIDA continua na agenda. Não podemos deixar essas pessoas para trás. Todos nascemos iguais, de modo que todos devemos ser tratados da mesma maneira”.
Sir Elton John, músico e fundador da “Elton John AIDS Foundation”.

“Hoje, com um único comprimido por dia, as pessoas que vivem com o VIH podem manter-se saudáveis durante muito tempo. Precisamos de um novo compromisso para acabar com a ignorância, o estigma e, sim, por vezes esse silêncio que se mantém entre nós e o fim da epidemia de SIDA”.
Sheryl Lee Ralph, atriz, cantora, escritora e ativista.

“Sabemos o que temos que fazer para acabar com a SIDA e temos as ferramentas para o conseguir”.
Stéphanie Seydoux, embaixadora da França para a “Global Health”.

“Devemos encorajar os nossos líderes para utilizarem todos os meios necessários para deter esta pandemia”.
Princesa Estefanía do Mónaco, embaixadora internacional da Boa Vontade da ONUSIDA.

“Há uma razão para o facto de não estarmos a conseguir cumprir o nosso objetivo: a desigualdade. As populações mais propensas a contrair a infeção, têm menos probabilidades de aceder aos serviços de que necessitam para sobreviver. Viver ou morrer com SIDA ainda é determinado, frequentemente, por quem és, quem amas e onde vives”.
Charlize Theron, atriz, fundadora do “Charlize Theron Africa Outreach Project” e Mensageira da Paz das Nações Unidas. 

“Infelizmente, a complacência e as desigualdades não fazem mais do que aumentar. Peço aos líderes de todo o mundo para se comprometerem com um mundo livre de SIDA”.
Brigitte Touadera, primeira-dama da República Centro-Africana.

“Muitas pessoas não acedem aos serviços com medo de serem reconhecidas, julgadas ou por razões de segurança pessoal”.
Pia Wurtzbach, Miss Universo 2015 e embaixadora da Boa Vontade da ONUSIDA para a Ásia e Pacífico.

“Se queremos acabar com a SIDA, precisamos de falar sobre isso. O VIH não discrimina. Nós discriminamos”.
Yousra, atriz, cantora e embaixadora da Boa Vontade da ONUSIDA para o Oriente Médio e Norte da África.

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