“Nós sugerimos que fosse criado um apoio específico para os professores e os educadores, um apoio psicológico”, referiu o presidente do SPM, Francisco Oliveira, no final da reunião, que teve como pontos principais o balanço do ano letivo 2020/2021 e a projeção do próximo ano letivo.
O presidente do SPM apontou “o desgaste, que se acentuou muito com a pandemia, e o envelhecimento” como as causas desta proposta, que disse ter sido do agrado do secretário regional da Educação.
Segundo o sindicalista, o governante “já se tinha apercebido deste agravamento e da necessidade de dar uma resposta concreta ao problema”.
Destacando a dificuldade em substituir professores ao longo do ano, problema provocado pela pandemia, Francisco Oliveira lembrou que houve períodos em que não houve professores em determinadas turmas.
Para resolver a questão das substituições, o SPM sugeriu a criação de uma bolsa de professores contratados.
“É evidente que há aqui um problema legal, mas que pode ser contornado, pode ser visto o enquadramento que é possível e, se isso acontecer, nós estamos convencidos de que muitos dos problemas com que nos defrontamos no dia a dia na substituição de professores será resolvido”, defendeu o dirigente do SPM.
Francisco Oliveira chamou ainda a atenção do secretário da Educação, Jorge Carvalho, para o problema que os professores contratados enfrentam com a contagem do tempo de serviço.
Os que forem colocados até ao primeiro dia de aulas, previsto para 17 de setembro, todo o ano letivo vai “contar para efeitos de carreira, os que forem colocados a partir do dia seguinte, só lhes conta o dia”, explicou.
“Se não forem colocados até dia 17 e forem colocados dia 18, este ano já não lhes conta e, no ano a seguir, começam a contar do zero”, acrescentou, precisando que, dessa forma, os professores não têm “os cinco anos consecutivos” e dá-se uma “quebra de vínculo”.
Na questão das baixas médicas, a perceção do sindicato e da Secretaria da Educação é a mesma: “aumentaram e vão continuar a aumentar”, frisou o dirigente do SPM.
Referindo-se aos problemas que surgiram no dia a dia, nomeadamente, nos casos positivos à Covid-19 e na vacinação, o sindicalista disse que foram merecedores de uma resposta imediata por parte da Secretaria Regional da Educação.
Em jeito de balanço à atação do Governo Regional, Francisco Oliveira disse que o aspeto negativo foi a “falta de tempo” para dar resposta às reivindicações que já tinham sido apresentadas, enfatizando que “não houve qualquer desenvolvimento” e que continuam no ponto em estavam antes da pandemia.
Na reunião, ficou previsto para outubro a retoma da discussão sobre “os problemas que a profissão tem neste momento”, referiu.
LUSA/HN
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