Vacinas da Moderna e Pfizer registam “elevada efetividade” na população acima dos 65 anos

27 de Julho 2021

As vacinas que utilizam o mecanismo mRNA (Pfizer e Moderna) apresentam uma “elevada efetividade” nas pessoas com mais de 65 anos, segundo um estudo esta terça-feira apresentado pela investigadora Ausenda Machado, do Instituto de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

“Os resultados sugerem uma elevada efetividade da vacina mRNA na população com 65 ou mais anos, 14 dias após a segunda dose”, afirmou a perita do INSA na reunião do Infarmed, em Lisboa, que, dois meses depois, volta a juntar especialistas, membros do Governo, Presidente da Assembleia da República e Presidente da República para análise da situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.

“Não se verificou um decaimento da efetividade ao longo do tempo”, continuou Ausenda Machado, que salientou ainda uma diminuição de 85% no número de internamentos na população com idade superior a 80 anos. Por outro lado, não deixou de admitir que face ao atual aumento da incidência “é normal que o número de casos também aumente na população vacinada” contra a doença.

De acordo com o estudo apresentado pela especialista do INSA, a efetividade das vacinas mRNA para as pessoas entre os 65 e os 79 anos com apenas uma dose é de 37% e de 35% em relação à população acima dos 80 anos. Com as duas doses de vacina e o período de 14 dias após a segunda toma, a efetividade sobe para os 78% na faixa etária 65-79 anos e para 68% entre as pessoas com idade superior a 80 anos.

A monitorização das vacinas ao longo do tempo indicou que a efetividade nas pessoas entre os 65 e os 79 anos contra infeção sintomática é de 89% nos 14 a 27 dias após a segunda dose e permanece de forma consistente em torno dos “80% até pelo menos 42 dias”.

Já em relação aos maiores de 80 anos, a efetividade nos 14 a 27 dias depois da segunda dose é de 70%, mantendo-se nessa ordem até pelo menos 42 dias após o esquema vacinal completo.

Por fim, Ausenda Machado notou que a ausência de indicadores na população com menos de 65 anos se deveu à pouca expressão da cobertura vacinal à data da realização do estudo, advogando que esta monitorização da efetividade é para continuar no futuro.

LUSA/HN

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