De acordo com o jornal The Washington Post, que citou dois funcionários não identificados, o documento é o resultado de uma investigação de 90 dias que Joe Biden pediu em maio às agências de informações norte-americanas.
Os peritos, apesar de analisarem os dados secretos existentes e procurarem novas pistas, não chegaram a um consenso sobre a origem do vírus, que podia ter sido passado de animal para humano ou o produto de um acidente de laboratório.
Os serviços secretos indicaram que vão tentar desclassificar elementos do relatório nos próximos dias para possível publicação, acrescentou o diário.
Biden anunciou a investigação em maio, depois de um relatório dos serviços secretos norte-americanos ter descoberto que vários investigadores do Instituto Wuhan de Virologia, no centro da China, adoeceram em novembro de 2019 e tiveram de ser hospitalizados, informou na altura o The Wall Street Journal.
O Presidente explicou que os serviços secretos norte-americanos estavam a avaliar “dois cenários prováveis”: se resultava do contacto humano com um animal infetado ou de um acidente de laboratório.
Sobre estas duas opções, Biden disse que dois dos serviços de informações dos EUA estão inclinados para o primeiro cenário e um terceiro para a ideia de laboratório.
Em fevereiro, a administração norte-americana mostrou-se insatisfeita com os resultados preliminares de investigações, realizadas no início deste ano, por peritos internacionais em Wuhan para procurar a possível origem da pandemia, e consideraram que as autoridades chinesas tinham retido dados dessa missão da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os peritos indicaram então, após quatro semanas de trabalho na China, que a hipótese mais provável para a origem do novo coronavírus era que este tinha sido transmitido ao homem a partir de animais selvagens através de uma ou mais espécies intermediárias.
Contudo, a oposição republicana, liderada pelo ex-Presidente Donald Trump (2017-2021), defendeu que a Covid-19 foi gerada num laboratório chinês.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.439.888 mortes em todo o mundo, entre mais de 212,4 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.658 pessoas e foram contabilizados 1.022.807 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
LUSA/HN
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