Brasil supera 20,8 milhões de casos após somar 27.345 infeções em 24 horas

2 de Setembro 2021

O Brasil registou 27.345 infeções pelo novo coronavírus, tendo ultrapassado a barreira de 20,8 milhões de casos positivos (20.804.215) desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

Face ao número de mortes, o país sul-americano, um dos mais afetados pela pandemia em todo o mundo, contabilizou 737 óbitos nas últimas 24 horas, num total de 581.150 vítimas mortais.

Estes números confirmam o Brasil como a segunda nação com mais mortes em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e a terceira com mais diagnósticos positivos, antecedida pelos norte-americanos e pela Índia, apesar de vários indicadores da pandemia encontrarem-se em queda na potência sul-americana.

A taxa de incidência da doença no Brasil é hoje de 277 mortes e 9.900 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde.

Das 27 unidades federativas brasileiras, São Paulo é a mais afetada, com 4.269.138 casos e 146.015 óbitos.

Agosto foi o mês com o menor número de mortes registadas por Covid-19 este ano no Brasil: 24.088 óbitos, o menor número desde dezembro de 2020, segundo dados levantados por um consórcio formado por órgãos da imprensa brasileira junto às secretarias de saúde de todo o país.

Contudo, na avaliação dos especialistas, a variante Delta e a vacinação incompleta – maioria dos vacinados no país receberam apenas a primeira dose – elevam o risco de aumento de casos e hospitalizações pela Covid-19 este mês.

O executivo estadual de São Paulo anunciou esta quarta-feira que a terceira dose de vacinas contra a Covid-19 começará a ser aplicada a partir de segunda-feira na população acima de 60 anos e em pessoas com baixa imunidade acima de 18 anos.

De acordo com o governador de São Paulo, João Doria, 7,2 milhões de pessoas receberão a dose adicional da vacina.

“Neste momento estamos com 49,5% da população adulta com esquema vacinal completo. É o estado que mais vacina no Brasil e São Paulo vacinou mais do que muitos países do primeiro mundo. Isso é um orgulho para a ciência, a medicina e a saúde pública do Brasil, e especificamente de São Paulo”, afirmou Doria à imprensa.

O executivo de São Paulo defendeu o uso da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, mas produzida no Brasil em solo ‘paulista’, como terceira dose, na contramão do posicionamento do Governo Federal que exclui essa vacina da lista de imunizantes a serem aplicados como reforço.

“Nós estamos a tratar de questões técnicas, científicas e essas apontam que a terceira dose com a Coronavac aumenta enormemente a resposta imune. Do outro lado nós temos um posicionamento que é até mais político do Ministério da Saúde quando tira crédito, vamos dizer assim, a essa vacina como terceira dose”, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, que produz no Brasil a Coronavac.

No momento em que o Governo brasileiro é investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) por eventuais crimes na gestão da pandemia e na compra de vacinas, senadores brasileiros ouviram hoje o motorista Ivanildo Silva no âmbito de uma investigação a transações milionárias com dinheiro vivo da VTCLog, empresa que presta serviços de logística para o Ministério da Saúde.

Silva admitiu ter levantado, numa ocasião, “400 e poucos mil reais” (65 mil euros) em Brasília, mas negou ter conhecimento da origem e dos destinatários desses valores, que, segundo suspeitas da CPI, estariam relacionados a desvio de recursos em contratos do Ministério da Saúde.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.518.163 mortes em todo o mundo, entre mais de 217,63 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

LUSA/HN

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