Organização Mundial de Saúde segue nova variante “Mu” identificada pela primeira vez na Colômbia

2 de Setembro 2021

A Organização Mundial de Saúde (OMS) está a vigiar uma nova variante do coronavírus, batizada de "Mu", que foi identificada pela primeira vez na Colômbia em janeiro, anunciou esta quinta-feira de madrugada a agência com sede em Genebra.

A variante – B.1.621, de acordo com a nomenclatura científica – foi classificada como “variante a seguir”, precisou a OMS, no boletim epidemiológico sobre a evolução da pandemia.

A OMS especificou que a variante apresenta mutações que podem indicar um risco de resistência às vacinas e sublinhou que são necessários estudos suplementares para compreender melhor as suas características.

Todos os vírus, incluindo o SARS-CoV-2 responsável pela Covid-19, mutam com o tempo. A maioria das mutações tem pouco ou nenhum efeito nas propriedades do vírus.

No entanto, algumas mutações podem afetar as propriedades do vírus e influenciar, por exemplo, a facilidade com que se propaga, a gravidade da doença ou a eficácia das vacinas, dos medicamentos, dos meios de diagnóstico ou de outras medidas sociais e de saúde pública.

O surgimento, no final de 2020, de variantes que representam um risco para a saúde pública mundial levou a OMS a caracterizar as variantes a seguir e as variantes preocupantes, para hierarquizar as ações de vigilância e de investigação a nível mundial.

A OMS decidiu classificar as variantes a seguir ou preocupantes com recurso a letras do alfabeto grego para evitar a estigmatização de um país em particular e permitir ao grande público pronunciar os nomes mais facilmente.

Atualmente, a OMS considera que quatro variantes são preocupantes, entre as quais a Alpha, presente em 193 países, e a Delta, que circula em 170 países, enquanto há outras cinco variantes a seguir, incluindo a Mu.

A variante Mu foi detetada pela primeira vez na Colômbia, em janeiro. Depois foi assinalada noutros países da América Latina e na Europa.

“Apesar de a prevalência mundial da variante Mu e dos casos identificados terem diminuído e serem atualmente inferiores a 0,1%, a prevalência na Colômbia (39%) e no Equador (13%) aumentou constantemente”, explicou a OMS.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Javier Jiménez (PharmaMar): “A inovação é o principal motor do nosso negócio”

Em entrevista exclusiva ao HealthNews, Javier Jiménez, Chief Medical Officer da PharmaMar, revela os avanços mais recentes do pipeline da empresa, os projetos em curso, a estratégia de inovação e a análise financeira, sublinhando o compromisso contínuo da PharmaMar com a investigação em oncologia baseada em compostos marinhos.

Médicos reforçam importância do diagnóstico precoce das doenças inflamatórias do intestino

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) está a promover uma campanha nacional de consciencialização para as Doenças Inflamatórias do Intestino (DII), que afetam mais de 25 mil pessoas em Portugal. Esta iniciativa surge no âmbito das comemorações do Dia Mundial das DII, assinalado a 19 de maio, e reforça a urgência de um diagnóstico mais rápido, de um acesso mais equitativo e de um acompanhamento contínuo e multidisciplinar.

Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa organiza o seu I Congresso a 24 de maio

A Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa (SCML) vai realizar o seu I Congresso no próximo dia 24 de maio de 2025, no Medicina ULisboa Campus de Torres Vedras. Sob o tema “Repensar a Medicina: Inovação, Colaboração e a Saúde do Futuro”, o evento propõe-se a ser um espaço de reflexão e debate sobre os principais desafios da medicina contemporânea.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights