VIH: Governo norte-americano reforça orçamento para investigação

3 de Setembro 2021

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Durante os próximos cinco anos, 10 centros de investigação que procuram acabar com o VIH vão receber uma parte dos 53 milhões de dólares que, anualmente, os “National Institutes of Health” (NIH) vão destinar à investigação nesta área.

Parte desse financiamento irá para o Martin Delaney Collaboratory of AIDS Researchers for Eradication (CARE). O grupo receberá 5,2 milhões de dólares cada ano. É dirigido por David Margolis, professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte e diretor do “HIV Cure Center” da universidade.

O grupo CARE foi fundado em 2011. Procura acelerar a descoberta de uma cura para o VIH, reunindo investigadores, empresas do setor privado e funcionários governamentais para partilhar recursos, dados e métodos.

Este financiamento ajudará a CARE a expandir o seu trabalho. De acordo com o Prof. David Margolis “continuaremos a seguir a nossa hipótese unificadora central de que a inversão da latência do VIH acabará por levar à erradicação da infeção persistente pelo VIH. Prosseguiremos também as intervenções para prevenir o ressurgimento da virémia após a interrupção da terapia antirretroviral (TARV), e alavancaremos um vasto portfolio de ferramentas, tanto de parceiros académicos como da indústria”.

A CARE já está envolvida no que poderiam ser avanços significativos na procura de uma cura para o VIH.  Apesar de os medicamentos antirretrovirais terem a capacidade de diminuir a carga viral do VIH para níveis indetetáveis no sangue, o vírus continua presente no corpo através dos linfócitos T CD4+ infetados e latentes. Os investigadores da CARE criaram um composto para ativar essas células T CD4+, que os medicamentos antirretrovirais poderiam então visar. Uma parceria entre a Universidade da Carolina do Norte e a ViiV Healthcare iniciará um estudo sobre um composto semelhante para seres humanos.
A lista das entidades de investigação que vão receber financiamento dos NIH inclui a Universidade Johns Hopkins em Baltimore, a Universidade Temple em Filadélfia, e a Universidade Emory de Atlanta.

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