Investigadores procuram novas estratégias terapêuticas para leucemia mieloide aguda

6 de Setembro 2021

Investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) vão procurar encontrar “novas estratégias terapêuticas” para a leucemia mieloide aguda através da caracterização das células imunes e da eliminação das células que sobrevivem à quimioterapia, foi esta segunda-feira anunciado.

Em comunicado, o instituto da Universidade do Porto esclarece que os dois projetos de investigação, premiados e financiados por duas instituições americanas, focam-se no estudo da leucemia mieloide aguda e em “encontrar novas estratégias terapêuticas”.

A leucemia mieloide aguda, um dos tipos mais comuns de leucemia, é um tipo de tumor que afeta a medula óssea, responsável pela produção das células sanguíneas, como os leucócitos, plaquetas e eritrócitos.

O projeto do investigador Delfim Duarte, recentemente distinguido pela Sociedade Americana de Hematologia (ASH) com o “Prémio Global de Investigação” no valor de 150 mil dólares (cerca de 127 mil euros), vai procurar “caracterizar as células imunes ao longo da progressão e resposta ao tratamento” da doença.

Citado na nota, o investigador do i3S e interno de hematologia no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto explica que o objetivo é “identificar novos alvos terapêuticos de forma a eliminar mais eficazmente células malignas quimioresistentes e promover a manutenção da hematopoiese não maligna”.

Este ano, o Prémio Global de Investigação ASH distinguiu 12 cientistas de 10 países, sendo o objetivo desta sociedade americana facilitar a continuação do trabalho de jovens investigadores fora dos Estados Unidos da América e do Canadá.

Já a investigação de Delfim Duarte distinguida pela Fundação Pablove, com uma bolsa no valor de 52.500 dólares (cerca de 44.200 euros), tem como objetivo “desenvolver uma nova estratégia para eliminar células de leucemia mieloide aguda que sobrevivem à quimioterapia e são responsáveis pela recidiva da doença”.

Segundo o investigador, que é também professor auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), a investigação baseia-se no princípio da utilização da “competição celular para promover a eliminação de clones quimioresistentes do seu nicho ou microambiente na medula óssea”.

Para desenvolver esta nova estratégia e testar a ideia, os investigadores vão usar modelos pré-clínicos de leucemia mieloide aguda.

LUSA/HN

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